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Politica MT
Domingo - 23 de Maio de 2010 às 07:13
Por: Téo Meneses

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A ministra Nancy Adrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não se pronunciou sobre a prorrogação da prisão temporária dos acusados de envolvimento com vendas de sentença e exploração de prestígio no Judiciário de Mato Grosso, crimes investigados na operação Asafe, da Polícia Federal. Os sete acusados que ainda não ganharam a liberdade, no entanto, podem deixar a cadeia ainda hoje pela manhã.

A ministra não se pronunciou sobre a eventual prorrogação da prisão até o fechamento desta edição, por volta das 19h de ontem. Advogados dos acusados afirmam que algum comunicado dela ou de algum ministro substituto no plantão do STJ pode chegar à Justiça Federal em Cuiabá até o início da manhã de hoje, como é de praxe, já que a temporária vence oficialmente às 6h.

Dos sete acusados que continuam presos, seis deles são advogados. Mesmo assim, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT), Cláudio Stábile, afirmou no fim da tarde de ontem que não tinha sido comunicado ainda se a prorrogação da temporária ou transformação em prisão preventiva ocorreu. Se o STJ optar por essa segunda alternativa, os acusados não terão prazo definido para ganhar liberdade, o que só estará garantido se conseguirem revogar a decisão judicialmente. Poucas informações sobre o caso, no entanto, saíram do Superior Tribunal de Justiça mesmo no plantão de ontem porque as investigações correm em sigilo e nem mesmo às partes tiveram ainda acesso às apurações.

O advogado Urano Reis, que acompanha um dos acusados, também afirma não ter sido comunicado sobre a prorrogação. A expectativa dos familiares dos acusados é que todos ganhem liberdade no início da manhã e continuem sendo investigados em liberdade.

Continuam presos os advogados Alcenor Alves de Souza, Alessando Jacarandá, Célia Cury, Jarbas Nascimento, Rodrigo Vieira e Santos de Souza Ribeiro. A pedido da OAB, eles foram transferidos para o 3º Batalhão da Polícia Militar no bairro CPA 4. Cinco deles estão em uma sala especial com ar-condicionado, enquanto Célia permanece sozinha em outra sala. Foram liberados a autônoma Ivone Siqueira e o advogado Max Weyze Mendonça. Um dos acusados está no anexo 1 do Pascoal Ramos, a Polinter.

O escândalo da operação Asafe veio à tona na terça-feira (18), depois que a Polícia Federal cumpriu os mandados de prisão e realizou 30 buscas e apreensões na residência dos acusados, juízes e desembargadores investigados, como o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Evandro Stábile, e o desembargador aposentado Donato Fortunado Ojeda, entre outros.





Fonte: A Gazeta

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