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Politica MT
Sexta - 21 de Maio de 2010 às 10:55
Por: Romilson Dourado

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O cerco se fechou para o lado de Luís Henrique Daldegan. Cinquenta dias depois de ter deixado o comando da secretaria estadual de Meio Ambiente, ele foi preso nesta sexta pela Polícia Federal, junto com vários servidores da Sema. Pesa contra o ex-secretário do governo Blairo Maggi envolvimento em esquemas de fraudes. A PF promete apresentar maiores informações ao final da operação, que cumpre 91 mandados de busca e apreensão e 91 mandados de prisão preventiva em vários municípios mato-grossenses e ainda nos Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande Sul e Espírito Santo. São pessoas acusadas de envolvimento em extração, transporte e comércio ilegal de produtos florestais na Amazônia, inclusive com atuação em terras indígenas e em parques nacionais. Os mandados foram expedidos pelo juiz  federal Julier Sebastião da Silva.

Daldegan é o segundo ex-secretário da área ambiental do Estado que é preso. Em 2003, já no governo Maggi, foi detido Moacir Pires. Na época, ele conduzia a extinta Fundação Estadual do Meio Ambiente (hoje Sema), e acabou exonerado sumariamente pelo então governador. Nestes últimos sete anos, a Sema passou por várias investigações. Em três operações, foram presos servidores da secretaria.

Daldegan foi o terceiro secretário de Meio Ambiente da gestão Maggi. Ele sucedeu Marcos Machado. Na fase de transição para troca de governo, Daldegan fez lobby junto ao Paiaguás para ser mantido no cargo, mas Silval Barbosa preferiu remanejar à Sema o então secretário-chefe da Casa Militar, coronel PM Alexander Maia. Afilhado político do ex-deputado e hoje conselheiro do TCE Humberto Bosaipo, Luis Daldegan enfrentou muita resistência e críticas, inclusive de deputados e de madeireiros num Estado campeão em desmate ilegal. Ele sobreviveu no cargo por 3 anos. Demonstrava ter atuação mais técnica que política e evitava revidar aos ataques.

Passou sua gestão defendendo o governo Maggi das críticas de "estuprador da floresta".  A cada levantamento sobre o desmate e queimadas, MT se tornava destaque nacional. O ex-secretário costumava dizer que o grande entrave na gestão ambiental estava na insegurança jurídica e documental, que vinha travando principalmente as propriedades rurais. E, com esse argumento, ele tocou a Sema até onde pôde. Agora, com sua prisão, surgem acusações de esquemas que supostamente estava escondidos debaixo do tapete.

Entre outras figuras conhecidas no meio político e detidas pela PF estão Janete Riva, esposa do presidente da Assembleia, deputado José Riva, e Sílvio Correa, lotado hoje como chefe de Gabinete do governador Silval Barbosa





Fonte: RD News

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