"Estamos em clima de tristeza", diz desembargador Paulo Cunha sobre investigação do STJ no TRE-MT
O vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Paulo da Cunha, não esconde o clima tenso que paira nos corredores do Poder Judiciário com as denúncias de suposto envolvimento de magistrados com a exploração de prestígio e advocacia administrativa, que vem sendo apurado pela Polícia Federal na Operação Asafe, deflagrada no último dia 18.
“O clima aqui (TJMT) é de tristeza”, desabafou Cunha, que ocupa a função de desembargador do Pleno desde 2002, durante entrevista em seu gabinete. O magistrado sabe que a Justiça Estadual está afundada em uma crise sem precedentes e tenta de todas as formas recuperar a credibilidade.
Contudo, observa que o país vive um novo momento de quebra de paradigmas e mudança de opinião da sociedade, que exige transparência. “Vivemos em um momento diferente no Brasil. A sociedade pede transparência e o Judiciário tem que responder o anseio da população”, observou.
Por outro lado, preferiu não comentar a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou pedido do Ministério Público Federal (MPF) e manteve o desembargador Evandro Stábile no cargo de presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e no pleno do Tribunal.
O inquérito da operação investiga ainda crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, e envolvimento do desembargador José Luis de Carvalho, do juiz Ciro Miotto e do desembargador aposentado Donato Fortunado Ojeda.
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