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Cidades/Geral
Quinta - 20 de Maio de 2010 às 08:35

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A relatora especial sobre formas contemporâneas de escravidão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Gulnara Shahinian, chega hoje em Cuiabá para conhecer as entidades organizadas que atuam contra o trabalho escravo em Mato Grosso. Na ocasião, o Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (Foete) vai apresentar os problemas enfrentados pelo Estado para combater a escravidão.

Mato Grosso é o segundo estado brasileiro em registro de resgate de trabalhadores em condições degradantes com 5.573 resgates registrados entre os anos de 1995 e 2009, conforme dados atualizados da Comissão Pastoral da terra (CPT). O primeiro colocado é o Pará, com 11.379 vítimas resgatadas.

Gulnara Shahinian será acompanhada por uma comitiva de 7 pessoas. O grupo será recepcionado pelo governador Silval Barbosa e entidades rurais. Serão apresentadas para a relatora as possíveis soluções e iniciativas positivas.

A relatora já esteve em São Paulo e no Pará, seguindo para Brasília no sábado. Ela viaja o mundo todo observando focos de trabalho escravo.

No Brasil, a CPT aponta a pecuária como a atividade que mais mantém trabalhadores em condição de escravidão, seguida da indústria da cana-de-açúcar e do desmatamento. Em Mato Grosso, a cana sobe para primeiro.

A prática do trabalho escravo é crime previsto no Código Penal e pela Constituição Federal. Réus envolvidos em processos transitados em julgado vão para a lista suja. Mato Grosso tem 13 nomes, sendo que alguns se repetem, por conta da reincidência.

"Muitas vezes os infratores têm várias propriedades e praticam o trabalho escravo em todas ou em algumas delas", explica Inácio Werner, representante do Centro Burnier Fé e Justiça. (Com assessoria)





Fonte: A Gazeta

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