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Quarta - 19 de Maio de 2010 às 11:25
Por: Sergio Roberto

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A crise que se instalou no setor de saúde pública de Tangará da Serra e a ação civil apresentada no fórum da comarca pelo Ministério Público na semana passada - com pedido de afastamentos liminares, indisponibilidade de bens e cassação de agentes públicos - motivou manifestações de alguns vereadores na sessão ordinária da Câmara Municipal da última segunda-feira.

Dentre os representantes do Poder Legislativo de Tangará da Serra, o MP pediu a indisponibilidade de bens e a cassação de cinco vereadores - Celso Ferreira (DEM, vice-presidente da Câmara), Celso Vieira (PP), Genílson Kezomae (PR) e Haroldo Lima (DEM), além de Paulo Porfírio, atualmente respondendo pela Secretaria Municipal de Infraestrutura.

O vereador Genílson Kezomae (PR), durante seus cinco minutos na tribuna livre, afirmou estar tranqüilo quanto aos seus votos favoráveis nas matérias relacionadas à parceria entre o município e Instituto Idheas. “O projeto que votamos foi um projeto para se trabalhar, não para se fazer coisa errada. Minha vida é um livro aberto. Podem verificar as contas correntes do vereador Genílson tanto no Banco do Brasil como na Caixa Econômica. Tem as minhas ligações telefônicas para conferir se alguém ligou me subornando ou se subornei alguém para votar em algum projeto aqui na Câmara Municipal”, disse o vereador republicano.

Já o vereador Celso Vieira, do PP, destacou a consciência do seu voto nos assuntos pertinentes à parceria com o Instituto Idheas. Vieira destacou que os problemas na saúde “iniciaram a cerca de cinco, seis anos”, e que o objetivo da gestão do município era implantar a gestão plena na saúde pública. “Se não aumentarmos a receita do município, vamos perder o Samu, o centro cirúrgico ficará inviabilizado e não vamos alcançar a gestão plena”, disse. O progressista declarou também ter convicção no acerto do seu posicionamento no Legislativo. “Não abro mão da inviolabilidade do meu voto e do meu direito constitucional de votar de acordo com o meu entendimento. Estou totalmente tranqüilo”, disse, na tribuna.

O vice-presidente da Câmara Municipal, Celso Ferreira (DEM), foi mais inflamado em seu discurso na tribuna, afirmando que seus votos ocorreram de acordo com a sua consciência e destacou a inviolabilidade de seu voto e de seu mandato no Legislativo. “Meu mandato ninguém tira (...), quem me tira daqui é o povo. Ninguém mais me tira. Meu voto ninguém tira, não é pau mandado! Vou sempre votar de acordo com a minha consciência. Se eu fiz foi tentando acertar”, discursou, nos cinco minutos que lhe cabiam no pequeno expediente da sessão.

CEI – Indagado pela imprensa a respeito do pedido de abertura de Comissão Especial de Inquérito (CEI) contido na petição inicial da ação civil pública protocolada no Judiciário, o presidente da Câmara de Tangará da Serra, vereador Miguel Romanhuk (DEM), disse ser favorável à apuração das responsabilidades. “Doa a quem doer, vamos apurar as responsabilidades. Estamos apenas aguardando a manifestação do Judiciário. A população merece uma satisfação”, concluiu o democrata. 





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