O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome é um dos parceiros da Fundação Banco do Brasil na Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS)
Produção agroecológica já está presente em 19 Estados. Tecnologia inovadora é debatida em Brasília

Cerca de 150 pessoas participam em Brasília, a partir desta terça-feira (18/5), do I Encontro Nacional de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS) – tecnologia implantada por iniciativa da Fundação Banco do Brasil (FBB). Entre os convidados, integrantes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), parceiro do projeto, coordenadores de projetos, representantes de entidades parceiras, técnicos agrícolas e produtores beneficiados por esse tipo de tecnologia.

Técnicas simples e já conhecidas por comunidades rurais integram o sistema conhecido como Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS). Esse tipo de tecnologia social é um sistema de produção em formato circular composto por um galinheiro em formato redondo no centro, canteiros para produção implantados em torno do galinheiro, quintal agroecológico e irrigação por gotejamento. Possibilita ao produtor rural o cultivo de alimentos mais saudáveis, tanto para o consumo próprio quanto para a comercialização.

Participaram da mesa de abertura do encontro - que acontece até amanhã (19), no Centro de Convenções Israel Pinheiro - representantes das entidades parceiras da FBB como o Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); do MDS; da Petrobras; do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); da Rede de Tecnologia Social (RTS) e do Banco do Brasil.

O diretor da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Marco Aurélio Loureiro, falou sobre a importância de compartilhar experiências de êxito e da possibilidade de autonomia que o PAIS oferece às famílias. Paulo Alvim, do Sebrae, citou o compromisso em multiplicar cada vez mais esta atividade. A gerente de programas sociais da Petrobras, Janice Dias, disse que o encontro deve aprofundar saberes e fazer um PAIS bem melhor.

Para a integrante da Rede de Tecnologia Social (RTS), Larissa Barros, a tecnologia básica proporciona a inovação a cada implantação de um PAIS. Começou com 1.080 unidades implantadas em 2005, e a partir daí, os parceiros foram conhecendo o sucesso e aderindo. “É uma oportunidade de divulgar o que cada um está fazendo no seu território para fazer com que a tecnologia social seja cada vez melhor”, lembrou ela, ao referir-se ao encontro aberto hoje em Brasília.

O representante do Banco do Brasil, Rodrigo Sanches Nogueira, apresentou os números do PAIS. “A tecnologia de produção está presente em 19 Estados, 251 municípios, com 6 mil unidades implantadas e o apoio de 34 parceiros diretos”.

O deputado federal Nazareno Fonteles (PT/PI), presidente da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional, também presente à mesa de abertura, falou sobre o sucesso das políticas de combate à fome implantadas no País: “O Brasil é reconhecido internacionalmente pelo combate à fome. O PAIS é um exemplo, pois pensa no coletivo e não no individual”.

O presidente da FBB, Jacques Pena, resumiu o PAIS: “é a marca de um produto nacional; de um sistema de produção integrada”. Pena contou que o projeto começou na região Nordeste com o objetivo de integrar com a estratégia Fome Zero, em 2003.

“Queremos chegar a 10 mil unidades no País até o fim do governo Lula. Isso só é possível graças às parcerias e a integração com o produtor”.

Nos dois dias de encontro, serão apresentadas palestras sobre agricultura familiar, agroecologia, produção voltada para o mercado, tratos culturais, assistência técnica, comercialização e gênero. Serão apresentadas, ainda, experiências exitosas com foco em mobilização social, assistência técnica, comercialização, inovações e gestão.

MDS – O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome apoia a implantação do PAIS junto aos Consórcios de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (Consads) - uma das políticas de segurança alimentar e nutricional da Pasta. Com o apoio do ministério, já foram implantadas mais de 2 mil unidades em 14 Estados da Federação.