Diretoria da Agecopa destaca retorno social dos investimentos a serem feitos pelo Estado

A realização da Copa do Mundo em Mato Grosso deixará um legado significativo para toda a comunidade através das obras e da geração de novas oportunidades de emprego e renda, que justificará plenamente todos os investimentos previstos. O Estado recuperou sua capacidade de endividamento e a indução econômica provocada pela Copa garantirá arrecadação suficiente para compensar os investimentos que serão realizados. Com esta visão responsável e que contempla os interesses maiores da sociedade mato-grossense, a diretoria da Agecopa participou na manhã desta terça-feira (18.05) da Audiência Pública promovida pela Assembleia Legislativa para discutir a contratação de empréstimos pelo Poder Executivo.

Através de três projetos de lei, já aprovados em primeira votação, o Executivo pede autorização para a contratação de crédito no valor de até R$ 1,114 bilhão, para custear obras de mobilidade urbana incluindo a construção de dois corredores exclusivos para ônibus (BRTs), construção da Arena de Multiuso e obras de infraestrutura para alavancar o setor turístico mato-grossense. Os créditos serão contratados junto ao Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES.

Depois das explicações e argumentações de todos os diretores da Agecopa, o deputado Percival Muniz, autor do requerimento solicitando a audiência pública, se declarou “totalmente convencido de que a Agecopa está realizando um bom trabalho e que os investimentos serão um excelente negócio para toda a comunidade pelo retorno e legado social”. A audiência foi acompanhada também pelo deputado Hermínio J. Barreto, presidente da Comissão Parlamentar de Acompanhamento da Copa de 2014 e por outros parlamentares. A comissão foi criada para acompanhar e fiscalizar os projetos desenvolvidos pela Agecopa.

O presidente da Assembleia, José Riva, destacou a importância de oportunizar à comunidade, através da audiência pública, a participação nas discussões sobre ações que vão beneficiar toda a sociedade. Ele destacou que todos os parlamentares são favoráveis à aprovação dos empréstimos, desde que as condições sejam favoráveis e não comprometam o atendimento de outras necessidades da população. Riva defendeu inclusive uma ação parlamentar junto ao Senado Federal para garantir que estes empréstimos não comprometam a capacidade de endividamento do Estado.

Planejamento responsável

O presidente da Agecopa, Adilton Sachetti, fez um resumo das ações desenvolvidas desde a criação da agência através de Lei Complementar aprovada pelo Parlamento estadual, que indicou dois diretores – os ex-deputados Roberto França e Carlos Brito. Sachetti lembrou que este primeiro ano é dedicado ao planejamento de todas as intervenções urbanas e melhorias em diferentes setores, preparando Cuiabá e Mato Grosso para o maior evento de sua história.

O presidente da agência responsável pela gestão de todos os trabalhos voltados para a Copa justificou os empréstimos lembrando que as demandas de Cuiabá e de vários municípios como potencial turístico são superiores ao montante estimado inicialmente, de R$ 1 bilhão. “A Copa é a oportunidade para se implantar uma nova dinâmica econômica e social em Mato Grosso, gerando oportunidades, investimentos e melhorias para toda a comunidade”, destacou.

O diretor de Planejamento e Gestão, Yenes Magalhães, disse que todo o planejamento para a Copa em Mato Grosso considerou em primeiro lugar os limites da capacidade de endividamento do Estado, atestados pela Secretaria do Tesouro Nacional. Ele lembrou que todos os documentos sobre este aspecto fundamental estão disponíveis na Sefaz, incluindo o parecer da STN que ampara os pedidos de empréstimos.

Turismo, nova matriz econômica

O diretor de Assuntos Estratégicos, Yuri Bastos Jorge, destacou que Cuiabá é uma das poucas sedes que está cumprindo rigorosamente todos os requisitos firmados na Matriz de Responsabilidade assinada com a Fifa e encontra-se à frente das demais sedes em vários itens dos cronogramas. “Cuiabá deve ser inclusive a primeira sede a obter a certificação Carbono Zero, ou seja, todas as emissões de carbono geradas pelas obras serão compensadas por medidas que anularão estes impactos ambientais”, antecipou.

Yuri fez uma exposição sobre os projetos e ações previstos para incrementar o turismo e consolida-lo como nova matriz econômica de Mato Grosso e afirmou que entre os legados da Copa estará a melhoria da auto-estima da comunidade através da capacitação profissional e das inúmeras oportunidades de geração de emprego e renda. O diretor destacou o empenho de todo o ‘trade turístico’, que vem atuando em parceria com a Agecopa para garantir os melhores resultados para o segmento.

Retorno Social

O diretor de Infraestrutura, Carlos Brito, destacou que o retorno social a ser gerado pela Copa justifica todos os investimentos, pois as obras de mobilidade urbana, de reordenamento do trânsito e do sistema viário, são um legado permanente que vai melhorar a qualidade de vida de todos no futuro próximo. Ele convidou os parlamentares e a sociedade ali representada a participarem deste grande mutirão em favor da população mato-grossense. “Todos os investimentos serão diluídos como um ganho para toda a sociedade”, afirmou.

Brito elogiou a iniciativa do deputado Percival de convocar a audiência pública, já que a transparência é um dos princípios básicos que nortearam a criação da Agecopa. Ele lembrou que além da Comissão de Fiscalização do Legislativo, os trabalhos da agência são fiscalizados por comissões específicas criadas no Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público Estadual e Auditoria Geral do Estado, além dos organismos federais de controle como o Tribunal de Contas da União, Auditoria Geral da União e Ministério Público Federal, além da imprensa estadual e nacional.

Brito destacou ainda o fato da Agecopa estar alcançando resultados positivos atuando sob um modelo de gestão inovador, representado pela diretoria colegiada. “Trata-se de uma representação semelhante ao Parlamento, onde cada diretor tem suas atribuições específicas mas as decisões são tomadas em conjunto, garantindo mais acertos do que erros”. Brito assinalou ainda que todos os diretores foram sabatinados pelo Legislativo e receberam a certificação legal para ocuparem seus cargos.

Sustentabilidade Financeira

O diretor de Orçamento e Finanças, Jefferson de Castro, fez um relato das ações de planejamento financeiro, a partir de um modelo que prioriza a sustentabilidade financeira das obras mais complexas como é o caso da Arena Multiuso. “A conta da Copa é alta e temos trabalhado na perspectiva de sustentabilidade também no pós-Copa, como é o caso da Arena que será capaz de gerar recursos para sua própria manutenção”.

Jefferson antecipou que está contatando fundos de investimento nacionais e internacionais interessados em investir no Estado em função das perspectivas que se abrem com a Copa do Pantanal. Em recente viagem de trabalho e prospecção econômica à Rússia, Jefferson se reuniu com representantes de grupos econômicos que estudam investimentos significativos em Mato Grosso.