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Nacional
Quinta - 13 de Maio de 2010 às 15:38
Por: Rogeria de Paula/Roseli Garcia

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O Bolsa Família tem impacto positivo na trajetória educacional dos beneficiários do programa de transferência de renda do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Ao observar os índices de aprovação e abandono escolar dos estudantes da rede pública de ensino, o Ministério da Educação verificou que a exigência da freqüência às aulas por parte do Bolsa Família faz a diferença.

A pesquisa observou que, no ensino médio, a aprovação dos beneficiários do Bolsa Família é maior do que a média nacional (81,1% contra 72,6%), enquanto no ensino fundamental os números são similares (80,5% de beneficiários aprovados contra 82,3% da média nacional).

Já nos indicadores de abandono no ensino fundamental, 3,6% dos beneficiários deixam a escola, contra 4,8% da média nacional. No ensino médio, os beneficiários que largam a escola são 7,2%, enquanto a porcentagem nacional é de 14,3%. Os dados se referem a domicílios identificados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2006, pelo Censo Escolar Inep/Educacenso, pelo Sistema Presença de frequência escolar do Programa Bolsa Família e pelo Núcleo de Opinião e Políticas Públicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

“O Bolsa Família impacta mesmo, mais que as outras variáveis, seja por exigir a presença, seja por implicar mudança de comportamento dos alunos, que melhoram até o vestuário”, explica um dos coordenadores da pesquisa, o professor Denilson Bandeira, do Instituto de Ciência Política da UnB. Segundo ele, os resultados ainda são preliminares, já que um relatório mais avançado está sendo elaborado.

“Ainda não se pode dizer que mais tempo em sala de aula implica resultados positivos no desempenho do aluno, mas a tendência é que isso venha a ocorrer”, afirma Bandeira. Por enquanto, pode-se dar como certa a importância, no processo, da escola, do professor, do diretor e dos pais. Principalmente o professor”, avalia Bandeira.

A secretária nacional de Renda de Cidadania do MDS, Lúcia Modesto, salienta que “são muitas as variáveis que impactam o desempenho dos estudantes. Temos que levar em conta os limites do que determinada intervenção pode produzir. Não se pode cobrar do Bolsa Família a solução de todos os problemas sociais do Brasil.”






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