Servidores da Justiça e do MP decidem adiar greve no DF
A assembleia foi realizada em frente ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília. A proposta de adiar a greve foi do próprio Sindjus-DF (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União).
O coordenador-geral do Sindjus-DF, Roberto Policarpo, justificou a posição do sindicato dizendo que os servidores poderiam ser prejudicados com uma greve neste momento, já que os ministros Cezar Peluso, presidente STF (Supremo Tribunal Federal), e Ricardo Levandowski, presidente do TSE, ameaçavam abandonar as negociações com o governo e o Congresso se a greve fosse deflagrada.
"Os ministro pediram um tempo para negociar com o ministro do Planejamento [Paulo Bernardo] e com o Congresso. A negociação está em curso e precisa ser acelerada. Se ela não andar, podemos decretar a greve. Mas, neste momento, seria pior para os servidores perder os dois ministros como interlocutores", disse Policarpo.
A decisão no Distrito Federal não muda o cenário da categoria no restante do país. De acordo com Policarpo, servidores do Judiciário estão em greve em dez Estados.
Os servidores querem a aprovação de dois projetos de lei que alteram a estrutura de carreira nas duas categorias e institui aumento salarial de 56% para técnicos, analistas e auxiliares.
Hoje, Lewandoski disse que as reivindicações dos servidores são justas mas que o TSE não permitirá que uma possível greve prejudique o andamento do processo eleitoral.
"Estamos de acordo com a reivindicação, mas a greve é totalmente inoportuna porque pode atrapalhar as eleições. Iremos tomar todas as providências, inclusive judiciais, para garantir que as eleições aconteçam normalmente", afirmou.
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