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Politica MT
Domingo - 09 de Maio de 2010 às 23:38
Por: Romilson Dourado

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O então governador Blairo Maggi e o vice Silval Barbosa disputam espaço com parlamentares, secretários e prefeitos.
O então governador Blairo Maggi e o vice Silval Barbosa disputam espaço com parlamentares, secretários e prefeitos.

O QG do pré-candidato a governador Wilson Santos, comandado nos bastidores pelo ex-procurador-geral do Município de Cuiabá e advogado José Antonio Rosa, vai ingressar com ação na Justiça no decorrer da semana, solicitando a apreensão e lacre de todos os 705 equipamentos, entre caminhões e máquinas pesadas, adquiridos pelo Estado e repassados às prefeituras. A banca de advogados da campanha, que leva a assinatura de Flávio Ferreira, entende que, diante do escândalo nacional em que transformou a compra do maquinário, por causa de sobrepreço superior a R$ 35 milhões, é preciso que a Justiça cancele toda a negociação, até que se tenha uma conclusão final das investigações. A jogada da oposição é, com pretexto de defender a moralidade e transparência, criar fato novo e desgastar ainda mais o Palácio Paiaguás e, com isso, respingar negativamente nas pré-candidaturas do ex-governador Blairo Maggi (PR), que vai concorrer ao Senado, e no seu sucessor no cargo de chefe do Executivo Silval Barbosa ()PMDB), que está em pré-campanha à reeleição.

O tucanato quer explorar o máximo a trapalhada da equipe do governo na aquisição das máquinas, feita no final do ano passado e entregue aos 141 municípios no final de março, a uma semana de Maggi deixar a cadeira de governador. Foram gastos R$ 241 milhões, sob financiamento do BNDES. O ato de entrega foi bastante concorrido. Prefeitos, parlamentares e outras lideranças até disputaram espaço na hora de posar para fotografia. Eis que com menos de dois meses depois "explodiu" a bomba sobre superfaturamento, com estimativa de R$ 36 milhões.

As acusações caíram sobre os ombros de três secretarias, sendo elas a Infraestrutura, que conduziu praticamente todo o processo licitatório, a Administração, que promoveu o pregão presencial, e a Fazenda, responsável pela liberação do pagamento às concessionárias, que receberam a mais por causa de cobrança de juros, mesmo com faturamento à vista, além do não-recolhimento de ICMS. O escândalo derrubou os então secretários Vilceu Marchetti e Geraldo de Vitto. Já Éder de Moraes, que foi remanejado da Fazenda para a Casa Civil, está sendo mantido no primeiro escalão.

Se o PSDB obtiver êxito com essa ação na Justiça, todas as máquinas e caminhões poderão ser recolhidos aos dois estacionamentos situados à avenida do CPA, ao lado do shopping Pantanal, em Cuiabá. Foi ali que os equipamentos ficaram por mais de 20 dias até a realização de uma solenidade que marcou a entrega as 141 prefeituras. Na ação, será solicitada também perícia com vistas a checagem da denúncia de que alguns caminhões teriam sido entregues quase "sucateados", com pneus de marcas diferentes daquelas contidas na licitação, assim como caçamba e outros componentes adulterados.





Fonte: RD News

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