4 do DEM recusam vice de Wilson; Jayme tenta segurar a coligação

    Primeiro, Wilson propos a Jayme que indicasse a ex-primeira-dama do Estado e também de Várzea Grande Lucimar Sacri de Campos para vice. Seria uma forma de ter um maior comprometimento do DEM com o projeto majoritário e, principalmente do senador, que, em tese, se dedicaria mais à campanha. A estratégia não deu certo. Jayme desconversou sobre o assunto. Depois o tucanato correu para o lado do ex-prefeito de Primavera do Leste, Érico Piana. Abriu vaga para ele ser o vice de Wilson, o que manteria também a dobradinha PSDB-DEM. Depois de duas semanas, Piana avisou que não aceita. Nem mesmo os deputados estaduais José Domingos, de Sorriso, e Dilceu Dal Bosco, de Sinop, estão mais empolgados com a possibilidade de renúncia do projeto à reeleição para vir a ser candidato a vice-governador.

     Alguns democratas (ex-pefelistas) resistem ao apoio a Wilson e chegam a dizer que a cúpula foi afoita demais em fechar logo a composição. O maior foco de resistência está nos prefeitos. Pressionados pelo Palácio Paiaguás e com as atenções mais voltadas para busca de recursos e parcerias junto ao Estado, eles se mostram mais "simpáticos" à pré-candidatura à reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB). Além disso, argumentam nos bastidores que no pleito de 2008 foram abandonados pela cúpula do partido, principalmente pelo cacique Jayme, que priorizou somente a candidatura do irmão Júlio Campos, derrotado à Prefeitura de Várzea Grande. Outro argumento é quanto ao fato das forças que hoje se juntam terem sido antagônicas no passado. Os confrontos vinham desde os anos 1990, quando Wilson Santos era deputado estadual e, Jayme, governador.

    Pelo acordo que aproximou tucanos e democratas, motivado pela conjuntura nacional, cabe ao DEM indicar o vice. Pelo visto, a decisão deve ser postergada para as convenções, que acontecem entre 10 e 30 de junho. O tucanato, que já possui o próprio Wilson como principal voz da Baixada Cuiabana, está a procura agora de alguma liderança do DEM que represente o Nortão, uma forma de contrapor o nome de Silval, que tem a região como principal base eleitoral. Ele foi prefeito de Matupá.