Repórter News - www.reporternews.com.br
Politica Brasil
Quarta - 05 de Maio de 2010 às 21:51

    Imprimir


O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, afirmou nesta quarta-feira que não "teve acesso e que não conhece a investigação, por isso não iria falar sobre o caso". "Quando tiver mais detalhes, por dever moral, vou falar com vocês", disse aos jornalistas nesta quarta-feira.
 

Jamil Bittar/Reuters
O secretário de Justiça, Tuma Jr., apontado pela PF em ligação com máfia chinesa.
O secretário de Justiça, Tuma Jr., apontado pela PF em ligação com máfia chinesa.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa hoje do secretário. "Eu vi informações hoje sobre o delegado Romeu Tuma. Primeiro tem de esperar a investigação. Todo mundo sabe que o delegado Tuma Filho é muito experimentado na polícia brasileira, na polícia de São Paulo. É um homem que tem uma folha de serviços prestada ao país", disse o presidente.

O senador Romeu Tuma (PTB-SP), pai de Tuma Júnior, disse confiar no filho. "Eu confio no Tuma Júnior. Ele tem qualidades e é digno. Está pronto para dar esclarecimentos às autoridades competentes", disse.

Reportagem publicada hoje no jornal "O Estado de S.Paulo" informa que gravações telefônicas e e-mails ligam Tuma Júnior a Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, apontado como um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo.

O chinês foi preso em 2009 com mais outras 13 pessoas sob a acusação de comandar um esquema de contrabando de telefones celulares falsificados que girava R$ 1,2 milhão por mês. Ele também está envolvido em uma ação ilegal de emissão de vistos permanentes para chineses no Brasil. Li foi denunciado pelo Ministério Público Federal por formação de quadrilha e descaminho e estava preso até ontem.

A relação de ambos foi mapeada pela PF por seis meses. Segundo a reportagem, Paulo Li telefonou para o secretário nacional de Justiça ao ser preso. Com medo de envolvimento no processo, Tuma Júnior ligou para a Polícia Federal e pediu para ser ouvido. Em depoimento, disse desconhecer as operações ilegais de Li.

Ao "Estado de S.Paulo", a assessoria do Ministério da Justiça informou que não há investigação nem pedido de interceptação telefônica contra Tuma Júnior. Trechos de conversas do secretário com um alvo investigado foram captadas pela PF, em inquérito que corre sob sigilo", informou o ministério em nota ao jornal.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/133713/visualizar/