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Politica Brasil
Quarta - 05 de Maio de 2010 às 21:06

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Os pré-candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) foram questionados hoje sobre o possível veto do presidente Lula ao rejuste de 7,7% aos aposentados, aprovado ontem pela Câmara dos Deputados. O presidente já sinalizou que pretende vetar esse percentual de reajuste bem como o projeto aprovado ontem que acaba com o fator previdenciário (redutor do cálculo do benefício previdenciário que leva em conta idade, tempo de contribuição).

"O ministro Mantega é um homem responsável e o presidente Lula está cuidando desta questão. Vou apoiar a decisão que o governo federal tomar a esse respeito", disse Serra.

Segundo ele, esse assunto não estaria sendo discutido agora se o país tivesse aprovado a reforma da Previdência. Questionado se era favorável a uma nova reforma, ele disse: "Já falei sobre isso".

Já Dilma disse que não dará opinião sobre a decisão que Lula tomar. "Eu nunca fiz isso e nunca farei considerações a respeito de atos do presidente", afirmou.

Lula disse nessa quarta-feira que irá esperar a votação do reajuste dos aposentados no Senado para decidir se vetará ou sancionará o reajuste de 7,7%. O governo havia negociado índice de 6,14% com as centrais sindicais.

E apesar de tentar não criticar a decisão dos deputados, dizendo que a votação de ontem à noite tem que ser respeitada, ele afirmou que o apreço pelos aposentados aumenta consideravelmente em ano eleitoral: "em ano eleitoral aumenta o apreço [pelos aposentados] de forma extraordinária", ironizou.

Lula afirmou que não vê nenhuma necessidade de aprovar reajuste maior do que o previsto pelo governo pelo cenário econômico estável que o país está vivendo. "Não vejo nenhuma necessidade para nesse momento excepcional que o Brasil está vivendo a gente fazer qualquer espécie de loucura em qualquer área para que a gente atrapalhe um novo ciclo de desenvolvimento do país", afirmou o presidente, após entrega de credenciais a embaixadores não-residentes, no Palácio do Itamaraty.

Segundo assessores do presidente Lula, ele não vai repetir o que ocorreu no governo FHC, que nos anos eleitorais de 1998 e 2002 não teria tomado as medidas econômicas necessárias para manter a estabilidade econômica do país.

"O presidente Lula não vai repetir nem 1998, quando deixaram o câmbio valorizado quebrar o país, nem 2002, quando não subiram os juros como deveriam ter feito e a inflação disparou, tudo por conta de serem anos eleitorais", afirmou o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais).






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