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Esportes
Domingo - 02 de Maio de 2010 às 07:28
Por: Sanches Filho

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A camisa 10 do Santos, imortalizada pelo futebol do Rei Pelé, andou sendo maltratada nos últimos anos, até chegar ao digno herdeiro, Paulo Henrique Ganso. No mais badalado dos times brasileiros neste 2010, Neymar é a maior atração pelos dribles em velocidade e os muitos gols que marca. Robinho, com uma Copa nas costas, quase cinco anos de experiência no futebol europeu, tem mais fama. Mas, quem recebe mais elogios de ex-grandes craques e da mídia especializada é o Paulo Henrique Chagas de Lima, 20 anos de idade.

 

Canhoto, hábil, e com visão incomum de jogo, o garoto paraense de Ananindeua vem sendo apontado por várias pessoas ligadas ao futebol como a única novidade possível na lista dos 23 jogadores a serem convocados por Dunga no dia 11 para a Copa da África do Sul. Ganso pode ser a alternativa do treinador, caso Kaká venha a sentir algum problema - andou às voltas com contusão no púbis.

Tempos difíceis. O que poucos sabem é que Paulo Henrique Ganso sofreu muito até se firmar no time santista no segundo semestre do ano passado, quando Vanderlei Luxemburgo dirigia o time. No começo de 2008, ele foi considerado lento demais e dispersivo pelo técnico Emerson Leão, após uma derrota do misto do Santos para o Flamengo, no Maracanã, e acabou sendo devolvido à base. Em 2009 voltou a ser promovido para o profissional, mas em seguida foi rebaixado outra vez por Márcio Fernandes.

"Cheguei a pensar em desistir de ser jogador de futebol e tentar ganhar a vida com outra profissão"", revela Ganso. "Mas, antes, quis sair do Santos e tentar seguir carreira em outro clube. Graças a Deus, o (ex) presidente Marcelo Teixeira e o (ex) vice, Norberto Moreira da Silva, que sempre gostaram de mim, não me deixaram sair"", relembra Ganso.

Ao contrário de Neymar, que, aos 12 anos já era tratado como futuro melhor do mundo e tinha remuneração maior do que a de alguns titulares do time principal, Ganso só passou a ter salário de dois dígitos há dois meses. Mas, foi no meio do ano passado que a sua vida começou a se transformar radicalmente.

Ao mesmo tempo em que o seu futebol chamava a atenção até no exterior - Leonardo disse, num programa de televisão, que gostaria de tê-lo no Milan -, o investidor Delcir Sonda comprou os 40% dos seus direitos econômicos que o Santos havia cedido à sua família. Finalmente, o novo talento da camisa 10 conseguia dar o primeiro grande passo para atingir a independência financeira. Foi quando ele assinou contrato até março de 2014, mas seu salário continuou abaixo do de boa parte dos titulares.

Em março deste ano, o meia teve sua importância reconhecida, ao receber o segundo aumento como profissional, em troca da assinatura de um novo contrato, que terminará em março de 2015. O clube do exterior que quiser tirar Ganso do Santos vai ter que pagar a multa de 50 milhões. "O nosso projeto é manter o Ganso por muito tempo para conquistar títulos e recuperar o nosso prestígio internacional"", disse o presidente Luiz Álvaro de Oliveira Ribeiro.






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