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Politica MT
Sexta - 02 de Agosto de 2013 às 15:15
Por: Ronaldo Pacheco

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Ana Rosa Fagundes / Assessoria
O principal gargalo de Mato Grosso para atrair indústrias é a precariedade do transporte, principalmente das rodovias, e o apagão da mão-de-obra. Este foi um dos principais trechos da palestra do senador Pedro Taques (PDT), no auditório da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), durante o Seminário ‘Um novo Olhar para nosso Estado’. 


 
“Porque as indústrias não vêm para Mato Grosso? Isso ocorre porque o governo não pensa estrategicamente. Pensa apenas nas próximas eleições e não na próxima geração”, afirma Taques, numa crítica direta ao governador Silval Barbosa (PMDB). Para uma platéia formada majoritariamente por grandes empresários e economistas, ele tomou o cuidado de não citar formalmente, em nenhum momento, o nome de Sival.


 
“Vou apresentar dado para que os senhores façam uma reflexão: 84% das estradas de Mato Grosso estão em péssimas condições. É um dado de 2012 e constam em relatório da CNI”, assegura o senador, citando estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entidade ‘mãe’ da Fiemt.


 
“Mato Grosso cobra a energia elétrica mais cara do mundo. Não é do país, não! E, sim, a mais cara do mundo! Como você vai atrair investidores cobrando tanto da energia?”, questiona Taques.


 
O parlamentar do PDT de Mato Grosso nem quis entrar no mérito sobre as Ferrovias Senador Vicente Vuolo (Ferronorte), que já está em Rondonópolis, mas sem data para chegar em Cuiabá; e de Integração do Centro-Oeste (Fico), de Campinorte (GO) até Vilhena (RO), com um ramal em Lucas do Rio Verde (MT). “São projetos de suma importância, mas que devem ser priorizados", garante.



“Mato grosso está sofrendo um ‘apagão de mão de obra. E isso é problema das autoridades de Mato Grosso, sim, porque o ensino médio é responsabilidade do governo do Estado. E não pode deixar tudo [formação de mão de obra] para o Sistema ‘S’, que já executa uma parcela importante do ensino profissionalizante”, observa.


 
“Sem dúvida, Mato Grosso é uma força emergente. Eu me pergunto se um dia vamos receber uma indústria de iphone, como ocorre na Zona Franca de Manaus. Mas eu sei que isso dificilmente irá acontecer. Então, nossa prioridade são indústrias para verticalizar a produção”, assegura o senador pedetista. 


 
Embora faça ressalvas, Taques é favorável à política de incentivos fiscais. Mato Grosso. “O Estado só tem condições de promover o desenvolvimento com o empreendedorismo dos empresários e a chegada da indústria. Precisamos trabalhar a questão das rodovias, ferrovias como prioridades, para ter competitividade e agregar valor aos nossos produtos”, pontua.


 
Pedro Taques apresentou, como sugestões para vencer os gargalos e atrair indústrias, investimentos em três questões prioritárias: tecnologia, conhecimento e inovação. E, principalmente, eleger prioridades. “Mas não adianta eleger prioridades se não conseguimos executar o planejado”, afiança Taques.


 
O governador Silval não atendeu nem retornou às ligações da reportagem do Olhar Direto. Também houve tentativa de contato com os secretários Pedro Nadaf, chefe da Casa Civil, e Carlos Rayel, de Comunicação Social, mas até a publicação da reportagem não haviam retornado as ligações para o Olhar Direto.





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