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Agronegócios
Sexta - 23 de Abril de 2010 às 09:08

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Um estudo feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato) mostra que o agricultor que colheu 45 sacas por hectare – abaixo da média de 50 sacas no Estado - e deixou para vender toda soja após a colheita teve um prejuízo de R$ 170 por hectare. Na média, com produtividade de 50 sacas e venda de metade da produção, a rentabilidade ficou em R$ 35 sacas por hectare.

O presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira, diz que levando em conta a área média cultivada de 1.500 hectares, o produtor do norte de Mato Grosso tem um patrimônio de R$ 12 milhões (preço da terra), gasta R$ 1,8 milhão para plantar e no fim obtêm um rendimento de R$ 52 mil, que é insuficiente para pagar as parcelas das dívidas neste ano.

O consultor Fernando Pimentel concorda que o endividamento não cabe no fluxo de caixa dos agricultores. Ele estima que o agricultor que deixou para vender de 15% a 25% da safra agora, após a colheita, irá obter uma renda de R$ 150 a R$ 180 por hectare na região sul de Mato Grosso e apenas R$ 50 no norte do Estado. Pimentel considera o investimento em logística fundamental para sobrevivência dos pequenos e médios produtores, pois "Mato Grosso deixaria de ser a fronteira e se tornaria a saída da produção de grãos da região Centro-Oeste".

CARAVANA - O Circuito Aprosoja já reuniu mais de mil pessoas em quatro cidades onde foi realizado: Cuiabá, Rondonópolis, Campo Novo do Parecis e Nova Xavantia. Nesta última cidade o evento foi realizado na manhã desta quinta-feira (22.04) onde reuniu principalmente produtores rurais e estudantes.

O tema deste ano é ‘O Agronegócio no Novo Contexto Político e Econômico’, que remete ao cenário futuro da atividade agrícola, com as perspectivas de mercado e de políticas governamentais para o setor.

A orientação da associação é para que o produtor fique atento ao mercado. "Aconselhamos ao sojicultor que faça a fixação conforme a alta do preço, pois as perspectivas a curto prazo não são animadoras. Crise na Europa e queda do dólar estão sendo fatores que os especialistas têm destacado nessa edição do evento".






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