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Copa 2014
Sexta - 16 de Abril de 2010 às 03:27
Por: Alecy Alves

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As obras do novo Verdão devem começar na primeira quinzena de maio, com previsão ser inauguração para dezembro de 2012. O projeto final da chamada Arena Multiuso foi apresentado ontem pela manhã de maneira detalhada na Agecopa (Agência da Copa de 2014).

O estádio terá capacidade para 43.136 pessoas e custará, no mínimo, R$ 440 milhões. Terá 104 camarotes para 1.644 torcedores, 20 escadas, 12 elevadores, 2.460 vagas em estacionamentos cobertos (mais cerca de 4 mil externas) e oferecerá acessibilidade em todos os ambientes aos portadores de deficiências.

Estão previstos também, 800 lugares vips, 800 postos de trabalho para a imprensa com mesa, oito lanchonetes, quatro restaurantes, além de 70 sanitários em diferentes pontos do complexo esportivo.

As arquibancadas foram projetadas em quatro módulos independentes. Dois deles são metálicos e removíveis, o que permitira pós-copa a utilização para outras atividades com um público cerca de 40% menor que a capacidade máxima de torcedores.

Se desmontar uma das arquibancadas, o que seria possível a partir do terceiro nível, reduziria para 34 mil expectadores. Já com a remoção dos dois módulos, Norte e Sul, cairia para 27 mil pessoas, explicou o arquiteto Sérgio Coelho, um dos diretores do escritório GCP, responsável pela elaboração do projeto junto com o Grupo Stadia.

Coelho informou ainda que a remoção de parte das arquibancadas teria de ser permanente, possivelmente para viabilizar a criação de espaços de lazer e cultura em outros pontos da cidade, se essa for a decisão do Governo depois da Copa. O arquiteto observou que a estrutura é pesada, de difícil manuseio, portanto sua retirada demandaria o uso até de guindastes.

No entorno da arena, haverá espelho d’água, bosque, um miniespaço com arquibancada com referência de ponto de encontro de torcedores que posteriormente poderá servir como espaço de pequenos eventos culturais entre outros serviços.

A arquiteta que coordenou o projeto, Alessandra Araújo, explicou que para amenizar as altas temperaturas da capital, onde 40ºC é considerado normal, o projeto arquitetônico priorizou a ventilação cruzada.

O estádio será completamente vazado nas laterais da cobertura, uma tentativa de fazer a convecção térmica para que a diferença de temperatura permita a circulação do ar. Esse seria o processo de transmissão de calor em que a energia térmica se propaga pelo transporte de matéria em que se aproveita a diferença de densidade e a ação da gravidade.

O tratamento e reuso de 40% da água na irrigação do bosque e nos sanitários e a economia de até 20% de energia com o aproveitamento da circulação cruzada do ar mostram uma preocupação ambiental.

A “Arena Multiuso” deverá ficar pronta a tempo de Cuiabá sediar a Copa das Confederações, que acontecerá no Brasil em 2013 antecedendo o evento principal. O projeto ganhou o prêmio de Melhor Projeto de Arquitetura Corporativa do VII Grande Prêmio de Arquitetura, um dos principais da América Latina.






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