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Sexta - 09 de Abril de 2010 às 08:59
Por: Patrícia Sanches

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Os sobrinhos tucanos das deputadas Chica Nunes (DEM) e Thelma de Oliveira (PSDB), Tiago Nunes e Leonardo de Oliveira, respectivamente, terão assento na Câmara de Cuiabá graças a uma manobra interna para que estreiem como parlamentares. Eles vão substituir Roossivelt Coelho e Lueci Ramos, que se afastam nos próximos dias a pedido do ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB). Assim, Wilson apara as últimas arestas com o clã Oliveira, do ex-governador Dante de Oliveira (falecido em 2006). O ex-prefeito e pré-candidato ao Palácio Paiaguás quase perdeu o apoio da família, que é uma das mais influentes da Baixada Cuiabana, depois que Leonardo entrou em “rota de colisão” com o secretário de Infraestrutura Euclides Santos. Na época ele entregou o cargo de diretor de Serviços Urbanos e ameaçou não apoiar Wilson na corrida à sucessão de Blairo Maggi (PR).

Recentemente, porém, Wilson teria participado de um café da manhã com a família e recebido a promessa de apoio irrestrito. Mesmo assim, para garantir que não há nenhuma “rusga”, o ex-prefeito articulou para que Leonardo estréie no Legislativo e realize o sonho de ser vereador. Para tanto, precisava fazer dois remanejamentos e acabou emplacando também Tiago Nunes, segundo suplente. O primeiro da “fila” é o próprio Roosivelt, que ocupa a vaga deixada pelo titular licenciado Edivá Alves, secretário de Trânsito e Transportes Urbano. Roosivelt sairá sob justificativa de que vai trabalhar na campanha de Wilson. Já Lueci vai alegar licença para tratar de assuntos de interesse pessoal.

Mas as mudanças da 16ª Legislatura da Câmara não param por aí. O vereador do PRTB Néviton Fagundes deixou o parlamento para comandar a pasta de Esporte e Cidadania, que era ocupada por Aurélio Augusto. A mudança ocorreu dias após a renúncia de Wilson e a posse de Chico Galindo. No lugar de Néviton assume o presidente do PRTB. A troca no comando do Palácio Alencastro também provoca alterações no staff, que interferem diretamente na Câmara. O secretário de Cultura Adevair Cabral (PDT) deve voltar ao Legislativo nos próximos 30 dias, com o sonho de viabilizar o seu nome à presidência da Casa. Com a volta dele sai de cena o suplente Sérgio Cintra.

Outro que se articula para assumir um cargo e deixar a Câmara é o republicano Chico 2000. Ele deve compor o staff do governador Silval Barbosa (PMDB), contemplando o presidente das Associação do Shopping Popular Misael Galvão (PR), que prepara o terno para sua posse no Legislativo. Se essas alterações se confirmarem, 7 dos 19 vereadores cuiabanos serão suplentes contemplados por licença ou efetivados após a cassação do mandato dos titulares. Trata-se da Legislatura mais polêmica da história da Capital. Apenas no ano passado dois parlamentares se envolveram em escândalos e acabaram cassados. Ralf Leite (PRTB) perdeu a cadeira no Legislativo após ser acusado de quebra de decoro parlamentar. Ele se envolveu num escândalo quando foi flagrados praticando atos libidinosos com um travesti menor de idade em Várzea Grande. No seu lugar assumiu Totó César. Outro que foi para berlinda foi Lutero Ponce (PMDB), cassado por improbidade administrativa e corrupção. Lutero sofreu a punição mais alta após ser acusado de desviar R$ 7,5 milhões da Câmara de Cuiabá. No lugar dele ficou Arnaldo Penha (PMDB).





Fonte: RD News

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