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Terça - 06 de Abril de 2010 às 11:00
Por: Marcia Andreola

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A senadora Serys Slhessarenko criticou nesta terça-feira o “patrolamento ideológico” do grupo liderado pelo deputado federal Carlos Abicalil, presidente do Diretório Regional da sigla, sobre os interesses do próprio PT. Segundo ela, está havendo falta de sensibilidade do dirigente por não querer ouvir as manifestações da base sobre a questão envolvendo a candidatura ao Senado Federal. “Está muito claro hoje que o PT não deseja essas prévias, que a leitura é pela reeleição, pelo processo natural. É lamentável que isso esteja acontecendo” – frisou.
 
A observação da senadora foi feita ao receber cópia do documento extraído no final de semana pelo Diretório do Partido dos Trabalhadores em Peixoto de Azevedo. Eles deliberaram pedir a direção estadual que envide esforços para que haja o entendimento e, caso isso não aconteça, que o partido caminhe para o projeto da reeleição. “Vivemos um momento singular, em que a unidade do partido é um bem maior e que deve ser preservado” – destacam os petistas de Peixoto de Azevedo.
 
A decisão do PT de Peixoto de Azevedo é semelhante a que foi tirada em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, considerados os maiores colégios eleitorais do Estado. A questão das prévias, marcadas para o dia 18, vem sendo debatida em todos os diretórios do partido.
 
Para Serys, o lançamento de Carlos Abicalil a vaga ao Senado demonstra certa imposição de grupo, diante da posição majoritária do PT. Segundo ela, não existe argumento válido que justifique a decisão. “Continuo achando isso tudo muito estranho” – disse a senadora, surpreendida com o anuncio do parlamentar de que queria disputar a vaga. “Temos mandatos bem avaliados, ele como deputado federal e eu como senadora, com grandes trabalhos nos municípios, e com possibilidade de ampliar ainda mais a nossa base” – frisou.
 
A senadora petista aproveitou para criticar as afirmações do deputado Saguas Moraes, ex-secretário de Educação. Serys disse que se sente, de fato, vitimazada pelo grupo de Abicalil, da qual o deputado faz parte. “Estou vivendo um caso sui generis no Brasil: ocupo um mandato, estou na direção do Senado, ajudo Mato Grosso, ajudo o meu partido a crescer, faço política de base, vivemos um período de valorização da mulher, e, de uma hora para outra, o grupo decide que tenho que disputar uma vaga de candidato, sem mais nem menos. Isso é agir com truculência” – afirmou.
 
Serys, porém, afirma que acredita ainda na possibilidade de uma solução negociada pela direção nacional do PT. Ela diz que aguarda ser chamada para uma nova rodada. Enquanto isso, disse que vai continuar conversando com as bases da sigla no interior. “Tenho uma agenda a cumprir, de visitar todos os municípios de Mato Grosso, como venho fazendo ano após ano” – disse.





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