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Terça - 30 de Março de 2010 às 12:44
Por: Alline Marques

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Após ser “fritado” pelo prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), que anunciou Antero Paes de Barros (PSDB) como candidato a senador pelo PSDB, o fundador da sigla tucana em Mato Grosso Luis Soares mostrou que não está disposto a recuar da disputa por uma das duas vagas ao Senado e garantiu que levará a discussão para a convenção em junho.

Nesta segunda-feira (29), Santos destacou que além dos problemas da sua gestão ainda precisa administrar as crise internas do partido e anunciou que Antero será o candidato. No entanto, Luis Soares alfinetou o prefeito durante entrevista na Rádio Cultura. “Meu nome não é crise é solução”.

O ex-secretário de Saúde de Cuiabá lembrou ainda que os problemas fazem parte do homem público. “Ajoelhou tem que rezar e eu quero ser senador. O Blairo (Maggi) disse que quer senador para trazer recursos para Mato Grosso (...), eu quero ser senador para garantir recursos para o hospital público de Mato Grosso e conseguir criar um sistema organizado de Saúde”, afirmou.

Luis Soares lembrou também que quando colocou seu nome como candidato dentro do partido, Antero havia reiterado diversas vezes que seria deputado estadual. Em entrevista ao Olhar Direto, Paes de Barros também havia confirmado sua candidatura em busca de uma cadeira na Assembleia Legislativa.

“Eu coloquei meu nome em um momento tranquilo dentro do partido, quando Antero reiterou várias vezes que seria deputado estadual. Agora se o prefeito prefere o nome do Antero, vamos levar a discussão para a convenção porque nós dois podemos ocupar vagas, é preciso lembrar que a população terá direito a votar em dois candidatos”, justificou.

Luis Soares ficou um ano e 11 meses à frente da Secretaria Municipal de Saúde e enfrentou um desgaste sem precedente com a greve dos médicos, que durou mais de dois meses, e logo após o fim da paralisação, entregou seu pedido de demissão a Santos. Na Rádio Cultura, explicou que sua exoneração se deu em função de estar em desacordo com a postura do prefeito.

Segundo Soares, em setembro de 2008, ainda em campanha para reeleição, o prefeito participou de uma reunião com mais de 2 mil servidores da saúde e se comprometeu pela aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários de toda a categoria, porém com a greve dos médicos, Santos acabou aprovando apenas o aumento salarial destes profissionais.

Prevendo novas greves, como vem ocorrendo, Soares pediu demissão e foi substituído pelo médico Maurélio Ribeiro, filho do presidente do DEM, Oscar Ribeiro, reforçando a aliança DEM-PSDB.

Soares foi eleito deputado estadual em 1982 ainda pelo PMDB e se consagrou como relator da Constituinte de Mato Grosso, considerada uma das mais modernas do país e elogiada em nível nacional. Em 1989, saiu para fundar o PSDB junto com Paulo Borges e em 1990 disputou a eleição de governador contra Jaime Campos e Agripino Bonilha Filho para fortalecer o nome do partido no estado.
 
Acabou derrotado, mas obteve sucesso em firmar a sigla tucana, atraindo mais tarde nomes como Dante de Oliveira (já falecido), Antero Paes de Barros e Wilson Santos. Luis Soares também foi secretário de Saúde por quatro anos na gestão de Roberto França e depois foi convocado por Santos.

Em entrevista ao Olhar Direto, A presidente regional do PSDB, Thelma de Oliveira, informou que o assunto será debatido na Executiva Estadual, mas ainda não tem data definida. Porém, adiantou que o partido terá apenas um candidato ao Senado.






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