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Politica MT
Segunda - 29 de Julho de 2013 às 10:46
Por: Ronaldo Pacheco

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Maurício Barbant / ALMT
Por conta da proximidade do prazo limite de filiações partidárias e diante da indefinição interna, o recesso parlamentar foi intenso nos bastidores, tanto na Assembleia Legislativa de Mato Grosso quanto na Câmara de Cuiabá. Se não há atividade política dos parlamentares em plenário, as conversações ao pé do ouvido se multiplicaram.


 
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No caso dos deputados estaduais, embora tenham seguido para seus municípios de origem, já que Cuiabá possui apenas três representantes e Várzea Grande não tem nenhum, de onde só voltam em 1º de agosto, os deputados continuam as articulações políticas.


 
A principal indefinição está justamente no comando do Poder Legislativo: o deputado Romoaldo Júnior (PMDB) continua como presidente em exercício, mas a assessoria do presidente afastado, deputado José Riva (PSD), aguarda para o agosto uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso sobre os recursos impetrados. Se Riva obtiver vitória judicial e reassumir a Presidência, existe até mesmo a chance de Romoaldo Júnior continuar líder do Governo, no Edifício Dante de Oliveira.


 
Talvez seja por isso que o governador Silval Barbosa (PMDB) mantenha o suspense sobre o novo líder do Governo na Assembleia. Porém, isso tem duplo sentido, porque faz as bancadas buscarem acordos para as votações e outras atividades que serão retomadas no próximo mês, inclusive o prazo de filiação, cuja Lei Eleitoral determina para 4 de outubro – um ano antes do pleito.


 
“A distância física não representa obstáculo para a articulação política, porque estamos sempre em contato por telefone, pelo whatsapp e outras formas de comunicação”, afirma o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), secretário geral do Partido da República em Mato Grosso. “A gente se comunica direto com os colegas e com os líderes dos partidos. A política não para nunca, ela é contínua”, emenda Pinheiro, um dos poucos com base eleitoral em Cuiabá.


 
Assim como ele, o deputado Ezequiel Fonseca, presidente estadual do Partido Progressista (PP), também está buscando a tecnologia para fazer política durante o recesso parlamentar. Ezequiel está utilizando as redes sociais para conversar com as bases sobre a possível ida do PP para a oposição ao governo Silval.


 
Governistas desde a campanha à reeleição de Silval, Ezequiel Fonseca e Antônio Azambuja já retiraram seus apoios ao governo, mas ainda não fincaram bandeira na oposição. E continuaram votando em favor do Executivo, até o final do primeiro semestre.


 
A deputada Teté Bezerra (PMDB), a mais cotada para ser indicada líder do governo, aproveita o recesso para acompanhar os trabalhos da Secretaria de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), que comandou até maio deste ano. Na verdade, Teté deseja acelerar a liberação do Programa de Desenvolvimento de Turismo (Prodetur), que representa cerca de R$ 330 milhões de investimentos no setor – o maior volume da história.


 
Olho em 2014


 
Na Câmara de Cuiabá, poucos vereadores têm comparecido ao Palácio Pascoal Moreira Cabral. Alguns são pré-candidatos a deputado estadual, como Faissal Calil (PSB), Toninho de Souza (PSD), Adevair Cabral (PDT), Júlio Pinheiro (PTB) e Maurélio Ribeiro (PSDB).
 
 
 
O presidente da Câmara Municipal, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), simplesmente submergiu. Após fazer um ‘breve balanço’ sobre o que considerou “vitórias do Poder Legislativo”, ele não mais concedeu entrevistas.


 
Alguns aproveitam para visitar outros municípios. “Eu nasci lá. Tenho parentes lá. Então, é natural que visite-os”, explica Toninho de Souza, sobre sua ida a Planalto da Serra, sem assumir que pretenda disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa.


 
“Somos inteiramente dedicados ao mandato, mas temos de estar em permanente contato com as bases, para não sermos surpreendidos pelo que vem das ruas”, afirma Pinheiro, que reluta em admitir publicamente sua pré-candidatura a deputado estadual. “Eu ainda não sei. O futuro a Deus pertence”, observa Pinheiro.


 
Alem do descanso natural das sessões ordinárias, o recesso parlamentar está servindo de trégua entre a administração Mauro Mendes e a oposição, na Câmara de Cuiabá. Os parlamentares de oposição estão sem palanque para atacar o Palácio Alencastro, o que permite a Mendes respirar aliviado. Ao menos por alguns dias.





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