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Policia MT
Domingo - 21 de Março de 2010 às 04:31
Por: Adilson Rosa

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Em 79 dias deste ano, a Grande Cuiabá registrou 75 assassinatos, quase um por dia. Um número considerado alto por especialistas em segurança pública e que comprova a ineficácia dos atuais programas de combate a violência. A maior parte das vítimas era jovens até 24 anos, que foram executados a tiros, facadas, pauladas ou espancados até a morte. A motivação principal foi o tráfico de drogas, seguido de acerto de contas. Do total, foram 53 na Capital e 22 em Várzea Grande. Os números são da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Fevereiro teve a primeira chacina do ano, com três jovens abatidos a tiros no bairro Tijucal, numa situação ainda não explicada. Nos últimos dias, foram quatro homicídios, todos ligados a acertos de contas e, também vingança.

A lista das execuções tem seis vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte), considerado o maior indicador de violência, pois é a junção do crime contra a vida com crime contra o patrimônio. Um deles chocou Várzea Grande. O aposentado Tomazine Linaldi, de 84 anos, morto com dois tiros durante assalto a uma farmácia de sua propriedade. As investigações chegaram a dois adolescentes.

Neste ano, foram seis casos de crimes passionais (motivado por paixão), difícil de ser prevenido. “É um tipo de crime que pode ocorrer em qualquer época do ano – Carnaval, Natal. Quando o cara quer matar, mata mesmo, usa faca, revólver, o que encontrar pela frente”, observou o delegado Antônio Carlos Garcia.

O que chama a atenção dos policiais da DHPP é que um grande número de vítimas já tinha antecedente. Alguns haviam saído recentemente do presídio. É o caso de Erisvaldo Neto Magalhães, de 44 anos, assassinado a golpes de faca dentro da quitinete alugada pela ex-esposa, identificada como “Ana”.

“Neste caso, a motivação não foi acerto de contas, após sair de um presídio, mas um crime passional, uma vez que a esposa dele estava com outro. O que temos na verdade são casos de ex-presidiários que são mortos assim que saem por causa de brigas nos presídios”, explicou um policial.

Mas há casos em que o motivo fútil predomina, como o ocorrido no início de fevereiro como resultado de uma briga envolvendo vários jovens do bairro Santa Isabel que estavam na boate Garagem 76, localizada na região central da Capital. A confusão foi parar nas ruas onde a vítima Wieniam da Silva Martins, de 26 anos, foi executada com um tiro na cabeça. Não satisfeitos, os criminosos ainda arrebentaram a cabeça do rapaz com algum pedaço de madeira ou ferro. Em seguida, fugiram num Fiat.

 





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