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Policia MT
Quarta - 10 de Março de 2010 às 03:46
Por: Silvana Ribas

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Policiais não registraram ocorrência e alegaram não haver combustível para investigar crime
Policiais não registraram ocorrência e alegaram não haver combustível para investigar crime

Uma família foi rendida por ladrões e, durante 35 horas, sofreu agressões, humilhações e ameaças. Uma das mulheres foi obrigada a cozinhar e alimentar os 4 criminosos, que portavam 3 armas de fogo. O crime aconteceu em uma chácara na região do Piçarrão, cerca de 10 km da área central de Várzea Grande. Seis adultos e uma criança de 3 anos ficaram como reféns. A chácara tem cerca elétrica, sistema de monitoramento e 6 pitbulls, o que não foi capaz de evitar o crime.

A invasão aconteceu às 22h de sexta-feira e os criminosos deixaram o local às 9h da manhã de domingo, levando praticamente uma mudança em uma caminhonete S-10. O veículo foi abandonado e localizado pela Polícia Militar em um bairro próximo, cerca de 40 minutos depois. A vítima só conseguiu registrar o boletim de ocorrência no Centro Integrado de Segurança e Cidadania do Parque do Lago na segunda-feira, já que no domingo o sistema de registro passou o dia todo fora do ar e na delegacia os policiais alegaram que não havia combustível para a viatura iniciar a investigação.

O chacareiro A., 62, está revoltado com a situação enfrentada por ele, pela esposa, pelo casal de filhos, neto, caseiro e mulher. "Não bastasse as humilhações e agressões e a impotência diante dos ladrões, descobrimos que não existe segurança pública".

Depois de ter os cartões e dinheiro roubado, teve que emprestar R$ 100 de um vizinho para abastecer o veículo abandonado pelos ladrões. Segundo ele, a Polícia ainda queria que ele fosse para Cuiabá registrar a queixa. "Na delegacia metropolitana, em Várzea Grande, apenas um funcionário dormia no local, já que o sistema estava fora do ar e não registrava ocorrências".

Segundo ele, a maior preocupação dos policiais era de não descumprirem regras, com medo da Corregedoria da Polícia.

O chacareiro mora há 20 anos no local, mas já pensa em mudar. Segundo ele, o primeiro a ser rendido foi o caseiro e a mulher, quando voltavam de um mercadinho. Em seguida ele e a esposa e gradativamente, a filha, o neto e o filho, que estavam na casa principal. O filho foi rendido quando chegava, na madrugada de sábado.

Segundo a vítima, os criminosos demonstravam conhecer a rotina da família e sabiam exatamente o que queriam. Mesmo rendido e deitado no chão, o proprietário foi espancado. O caseiro ficou amarrado o tempo todo e a mulher dele humilhada e obrigada a cozinhar para os marginais. Os bandidos chegaram a engatilhar a arma contra a cabeça do caseiro, várias vezes. "Diziam que vieram para roubar e não matar, pois a pena para quem mata é de 16 anos e ladrão fica no máximo 2 dias preso".





Fonte: A Gazeta

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