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Meio Ambiente
Sexta - 05 de Março de 2010 às 11:13
Por: Eliana Bess

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Fazer um diagnóstico e detectar os fatores que dificultam as ações nos programas de desenvolvimento florestal. Com esse objetivo foi aberto o III Seminário "Negócios Florestais Sustentáveis" no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), nessa quinta-feira (04.03), em Cuiabá, promovido pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme/MT).

“Ver as condições, detectando os estrangulamentos que criam restrições. As soluções dependem de um diagnóstico sobre os fatores envolvidos. Mato Grosso, sem sombra de dúvida, tem o melhor potencial do Brasil para o setor florestal. Se voltarmos um pouquinho no tempo, onde começou Mato Grosso? Tudo começou no setor florestal e hoje está no terceiro setor, deve perder para agricultura e pecuária”, resumiu o vice-Presidente do STCP Engenharia de Projetos Ltda, Joésio Deoclécio Pierin Siqueira, palestrante do evento.

A atração de investidores no ramo do desenvolvimento florestal em busca da evolução econômica e sustentável do Estado foi outro assunto discutido durante a programação. Mato Grosso foi um dos Estados da Federação escolhido para receber apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) neste segmento (desenvolvimento florestal).

Para o secretário-adjunto de Desenvolvimento da Sicme, Manoel Antônio Rodrigues Palma, o objetivo é melhorar o clima de negócios para atração de investimentos, fortalecendo a competitividade, a diversificação e a participação nos mercados nacional e internacional.
“Queremos criar um bom ambiente para propiciar isso ao investidor e à área investida. É importante termos um bom clima de negócios”, afirmou ele durante a abertura do Seminário.

Segundo Palma, “uma série de fatores afeta direta ou indiretamente a opinião dos empresários em escolhem um Estado para investir”. Entre eles, qualidade dos recursos naturais, infraestrutura, apoio e promoção ao setor privado.

Não é por acaso que vários Estados tem utilizado ações para implementar Programas de Desenvolvimento Florestal. Um exemplo é o Piauí, que desenvolveu o Programa de Desenvolvimento Florestal do Vale do Paranaíba (2004/2010). Com previsão de gerar 13 mil empregos diretos e 48 mil indiretos, no início da implantação, além de aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em 50%.

Assim como Piauí, outros Estados como Amapá, Amazonas, Pará, Acre, Mato Grosso do Sul e Pernambuco desenvolvem Programas de Desenvolvimento Florestal.

“É o efeito multiplicador. A cada R$ 1,00 colocado gera R$ 6,20. O Programa de Desenvolvimento Florestal apresenta como resultado sócioeconômico a redução de pobreza, com a geração de emprego e renda. E como resultado prático a atração de investimentos”, revelou Joésio Siqueira.

Joésio Siqueira instigou os participantes que “se não tiver consciência do potencial e correr atrás nada acontece”. Para ele, o setor precisa criar oportunidades e citou o Zoneamento Sócio Ambiental como peça chave. “O Zoneamento é fundamental, porque traz o marco regulatório para o desenvolvimento. Em 1986 eu estive aqui discutindo o Zoneamento e até agora nada. Se tá pronto ou não, não é o problema. O que importa são as leis que o regulamentam para alavancar o setor. É necessária uma junção de políticas públicas para construir o setor florestal em Mato Grosso”, defendeu.

“Foi muito proveitoso, mas fiquei um pouco frustrada porque deveria ter muito mais gente envolvida. Senti que as discussões estão acontecendo há algum tempo, mas é uma pena que sempre param na mesma etapa. Faltam ações da li pra frente, é preciso avançar. O programa do Bid é muito interessante, mas tem metas e elas devem ser cumpridas”, avaliou a diretora de expansão de negócios da Proteca Florestal Ltda, Carolina Torres.

Aproximadamente cem pessoas participaram do seminário, realizado em parceria com a Empresa de Consultoria STCP, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, Fiemt, Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso.






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