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Quinta - 25 de Julho de 2013 às 06:58

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Valtenir Pereira disse que só falará sobre o assunto, após ter conhecimento do teor do inquérito
Valtenir Pereira disse que só falará sobre o assunto, após ter conhecimento do teor do inquérito
Duas empresas que prestaram serviços à campanha do deputado federal Valtenir Pereira (PSB) negaram ontem (24) que qualquer parte do trabalho tenha sido paga pela Ideia Digital, empresa que é apontada pela Polícia Federal como pivô de um esquema de desvio de verbas públicas na Paraíba. 


 
Reportagem do Diário publicada na edição de ontem revelou que a PF obteve, em uma busca e apreensão na sede da Ideia Digital, notas fiscais emitidas em 2010 pelas empresas AS&M Publicidade e Marketing, Casarão Vídeo e Gráfica Print. 


 
As notas totalizavam R$ 235 mil e, segundo a suspeita da PF, se referiam ao pagamento de despesas não declaradas da campanha de Valtenir. 


 
Procurada pela polícia, a AS&M confirmou que recebeu R$ 50 mil da empresa investigada e que o pagamento se referia a serviços de publicidade, assessoria de imprensa e consultoria de marketing prestados à campanha do deputado. 


 
"A empresa recebeu uma carta precatória em outubro passado e simplesmente confirmou o que de fato aconteceu. Se o pagamento poderia ter sido feito desta forma, só a PF pode dizer", disse o advogado Paulo Taques, que representa a AS&M. 


 
Já o proprietário da Casarão Vídeo, Joel Sagardia, disse que as duas notas encontradas pela PF (R$ 35 mil e R$ 50 mil) se referem a dois comerciais e um documentário produzidos para a Ideia Digital, sem nenhuma relação com a campanha. 


 
"Por casualidade, isto ocorreu no mesmo período em estávamos fazendo a campanha do Valtenir, mas são duas coisas distintas, conforme já explicamos à Polícia Federal", disse. 


 
Fábio Defanti, da Gráfica Print, também negou que a nota de R$ 100 mil citada no inquérito se refira a gastos eleitorais. "Fizemos um serviço para a empresa, recebemos e emitimos a nota. Não se tratou de um pagamento de campanha", disse. 


 
Um relatório de análise elaborado pela Controladoria Geral da União (CGU) no material apreendido durante as buscas da operação sugere indícios de inidoneidade em pagamentos realizados pela Ideia Digital a empresas de Cuiabá que prestaram serviços a Valtenir. 


 
Todas as notas apreendidas pela PF durante as buscas em endereços da Ideia Digital, inclusive as relativas a outros estados, trazem no verso a anotação “Verbas Comerciais”. Para os auditores da CGU, esta terminologia é “sempre associada a despesas que demonstram indícios de inidoneidade”. 


 
Na agenda de Mário Wilson do Lago Júnior, dono da Ideia Digital e um dos indiciados no caso, os policiais encontraram anotações em que aparece o nome Valtenir, que a PF acredita se tratar do parlamentar mato-grossense. “Proposta agência p/ Valtenir”, constava em uma das páginas. Na mesma agenda, segundo a CGU, há várias referências ao município de Sinop, para onde o congressista havia apresentado uma emenda parlamentar para projeto de inclusão digital. 


 
Em um e-mail interceptado pelos investigadores, o próprio Mário Lago Júnior conversa com seu sócio Paulo de Tarso Souza sobre uma reunião em Brasília com “Valtenir”. O deputado deve se manifestar sobre o assunto hoje. 





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