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Policia MT
Domingo - 28 de Fevereiro de 2010 às 08:03
Por: Téo Menezes

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Darci Vedoin
Darci Vedoin

Passados quase quatro anos do escândalo da "Máfia dos Sanguessugas", os empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin ainda não foram julgados, mas isso não significa que eles levam uma vida tranquila longe do caso. Em 2010 eles foram ouvidos em mais de 200 interrogatórios que envolvem processos em diversos estados brasileiros por conta da venda de ambulâncias com preço superfaturado.

Darci e seu filho Luiz Antônio Trevisan Vedoin eram donos da Planam, empresa acusada de comandar o esquema de compra de ambulâncias a partir de emendas parlamentares. Eles são figuras carimbadas nos corredores da Justiça Federal em Mato Grosso e quase que diariamente são ouvidos nos processos.

A rotina de ter que se explicar quase que diariamente na Justiça mudou a vida dos empresários, que preferem manter distância dos holofotes da imprensa desde que estourou o escândalo. Numa dessas incursões dos empresários, eles se recusaram a falar com A Gazeta e disseram que vão se pronunciar somente depois de avançados os processos. A maioria está em fase de instrução e depoimentos. O Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF/MT) denunciou 285 pessoas.

A máfia dos sanguessugas ficou conhecida em 4 de maio de 2006, quando a Polícia Federal deflagrou operação em sete estados brasileiros para investigar o caso. Na ocasião, foram presos parlamentares e assessores responsáveis por grande parte das fraudes em licitações para aquisição de ambulâncias com preço superfaturado e que eram vendidas pela Planam e outras empresas ligadas à família Vedoin. O esquema que ficou conhecido também como máfia das ambulâncias só dava certo com a interferência de congressistas de vários estados.

O juiz da 2ª Vara Federal em Mato Grosso, Jeferson Schneider, já julgou pelo menos 17 processos, sendo que apenas 10 pessoas foram condenadas, mas ainda cabe recursos contra as sentenças. As penas prevêem prisão por períodos que variam de um a quatro anos de reclusão, mas a restrição de liberdade foi substituída por penas alternativas de prestação de serviços, pagamentos pecuniários e multa por danos morais à União que variam de R$ 12 mil a R$ 30 mil. Todos são assessores ou colaboradores de parlamentares de diversos estados brasileiros que compravam ambulâncias a partir da indicação da Planam.





Fonte: A Gazeta

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