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Quinta - 18 de Fevereiro de 2010 às 07:12
Por: Ângela Jordão

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O Ministério Público Federal vai solicitar da Polícia Federal (PF) que instaure um inquérito para investigar a denúncia de que o vereador por Cuiabá, Totó César (PRTB), teria fraudado o Bolsa Família. Totó está sendo acusado por Janete Campos dos Santos, que é mãe de um filho do vereador. Janete alega que Totó usou documentos dela e de seus quatro filhos para fazer cadastro no programa do governo federal e ficar com o dinheiro.

Segundo Janete, Totó foi até sua casa e pediu a documentação, dizendo que iria cadastrar a família na Agência Municipal de Habitação para que recebesse uma casa para morar. De acordo com a denúncia, as quatro crianças foram cadastradas como filhos da mãe de Totó César, que então passou a receber os recursos em nome das crianças.

Dos quatro filhos de Janete, apenas o mais novo é filho de Totó. O vereador teria recebido o benefício das quatro crianças, no valor de R$ 120, por cinco anos. Mas, segundo Janete, ela só ficou sabendo que os filhos já recebiam o Bolsa Família quando ela mesma foi cadastrá-los no programa. Ela teria solicitado o bloqueio dos cartões e então feito a denúncia.

O pedido de investigação foi feito pelo procurador da República, Marcellus Barbosa Lima. Ele agora irá aguardar as investigações da PF.

A denúncia sucede uma série de escândalos na Câmara Municipal de Cuiabá, que nos últimos anos vem tendo sua imagem desgastada. Em 2009, o vereador do mesmo partido de Totó, Ralf Leite, foi cassado por quebra de decoro parlamentar. Ralf foi flagrado em situação comprometedora com um travesti, em Várzea Grande, ameaçou policiais e, tempos depois, foi denunciado pela namorada por tê-la agredido. Totó assumiu a vaga de Ralf em agosto passado. Ainda em 2009, a Câmara cassou o mandato do vereador Lutero Ponce, que é acusado de comandar o suposto desvio de R$ 7,5 milhões dos cofres do Legislativo cuiabano, no período de 2007 e 2008, quando presidiu a Casa.

AMEAÇAS – Os jornalistas Romilson Dourado (RDNews) e Carol Sanford (Folha do Estado), que escreveram reportagens sobre as denúncias contra o vereador Totó César, registraram ocorrência policial alegando ameaças de morte.

As queixas também foram encaminhadas para o Ministério Público Federal. Para um dos jornalistas, teriam dito que “se fosse escrita uma linha contra o vereador o jornalista seria morto”. O termo usado especificamente foi “a bala vai comer”.

Em uma das ameaças, a pessoa se identificou como sendo do bairro Planalto. “Não brinque com a turma do Planalto”, foi a ameaça. Totó César disse desconhecer as ameaças à imprensa e acredita que estão por trás das ligações as mesmas pessoas que incitaram a denúncia de Janete Campos dos Santos. “Aqui no Planalto é todo mundo da paz. Não tem esse negócio de violência. Estão mais uma vez usando de má- fé”, defendeu o vereador.






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