Ele disse que STF limitou o uso de algemas e a “espetacularização” das prisões
Gilmar Mendes diz que acabou com "terror" comandado pela PF
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, afirmou na noite da última terça-feira (9) que se orgulha de ter acabado com a espetacularização das prisões feitas pela Polícia Federal e com o “quadro de terror” que ameaçava o trabalho do Judiciário.
Mendes fez a afirmação durante o lançamento do Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo, quando aproveitou o discurso para fazer uma espécie balanço de sua gestão à frente do STF.
- Tínhamos a polícia dando o tom a todas as nossas instituições. Era a polícia que dizia o que o promotor tinha que fazer. Todos viviam um pouco temerosos [...] Tenho orgulho de ter enfrentado esse estado de coisas. A Polícia Federal havia se tornado o poder. E onde a polícia se torna poder, a democracia não existe.
Mendes disse que a súmula vinculante do STF que limitou o uso de algemas em operações da PF e em julgamentos encerrou o “modelo de espetacularização” que eram comuns até então:
- Isto o Brasil deve ao STF. Só isso já bastaria para consagrar o Supremo.
A súmula, editada em 2008, proíbe a utilização indiscriminada de algemas durante as operações policiais e nos julgamentos. Por unanimidade, o plenário do STF determinou que as algemas só devem ser usadas quando houver chance de fuga do preso ou risco à segurança.

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