Michel Temer dará apoio a Silval

Tendo o PT como um dos mais importantes aliados para a disputa das eleições vindouras, o vice-governador Silval Barbosa, virtual candidato do arco de alianças formado pelo seu partido o PMDB, mais o PT e por enquanto o PR do governador Blairo Maggi, esteve em Brasília participando da convenção nacional que ratificou por mais um período o nome do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer como presidente nacional do maior partido do Brasil. "Vamos dar todo o apoio para o futuro governador Silval Barbosa que com certeza pelos serviços prestados ao Estado e a sociedade mato-grossense em conjunto com o governador Blairo Maggi tem reais chances de vitória", se limitou a dizer Michel Temer ao celular.

Silval foi aclamado pelos presentes como futuro governador de um dos mais importantes Estados Brasileiros, que apesar de periférico se tornou a grande vedete da economia nacional por causa do agronegócio que representa mais de 40% do superávit da balança comercial.

Mato Grosso interessa especialmente ao PT, pois o Estado liderou no primeiro turno das eleições presidenciais de 2006 a resistência a candidatura de reeleição do presidente Lula, quadro alterado no segundo turno, quando o governador Blairo Maggi se aliou a Lula e puxou muitos empresários de peso da agricultura e pecuária nacional para o lado do PT.

Com chances de se eleger em outubro por causa das composições amarradas até o momento e a possibilidade de outras se somarem, Silval Barbosa conseguiu o apoio de Michel Temer e do partido que vai participar diretamente da sucessão em Mato Grosso, até como forma de compensar problemas em outros estados onde o PMDB e o PT se encontram em campos opostos.

Fora isso a possibilidade de vitória na sucessão presidencial pode representar um passo a mais para que Silval Barbosa tenha respaldo ainda maior do governo federal pelos próximos quatro anos. "O PMDB precisa de muito mais espaço nacional", defendeu Temer. "Sem o PMDB não há condições de conduzir o País". Fortalecido pela reeleição, ele evitou tratar da possível indicação para a condição de pré-candidato a vice na chapa encabeçada pela ministra Dilma Roussef do PT.