Mendes tenta cooptar aliados e corteja PT na posse de Abicalil

Com “pose” de pré-candidato ao governo, Mauro Mendes (PSB) desfilou pela posse da nova executiva estadual do PT e corteja abertamente apoio dos petistas ao projeto majoritário ao Palácio Paiaguás. Como de costume, o "cacique" do PSB no Estado, deputado federal Valtenir Pereira, não desgrudou um só segundo de Mendes. Os dois aproveitaram o evento para conversar com os militantes petistas e marcar presença, inclusive, na mesa diretora da posse.  Apesar da euforia dos socialistas, que consideraram extremamente positivo o jantar com o presidente estadual do PT, deputado Carlos Abicalil, ao que parece o “namoro” entre as siglas ainda não começou para valer. Estariam apenas na "paquera".

Instantes antes da posse, Abicalil revelou que foi claro com Mendes e Valtenir, durante o jantar, ao tratar da possível aliança. Na oportunidade, o petista teria imposto quatro condições para deixar de apoiar o projeto de candidatura própria do peemedebista Silval Barbosa pelo de Mendes. Uma delas é de que que, dentre os presidenciáveis, só subirá no palanque de Dilma Rousseff (PT). A reivindicação pode causar divergência porque o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) também é pré-candidato a presidente. Em nível nacional as duas siglas ainda conversam e tentam se endender. No caso de Ciro desistir seria mais fácil uma união PT e PSB em Mato Grosso. “Disse também que há um ano construímos uma caminhada com o PMDB, mas que isso não é impeditivo nem decisivo”, afirmou o petista.

Ele lembra que as conversações acontecem também com o PC do B, PP, PR e o próprio PSB. “Até junho muitas conversas ocorrerão e teremos de expor todas essas questões com clareza”, afirmou Abicalil. Ainda segundo ele, para ter o PT na aliança, os partidos terão de incorporar um programa de desenvolvimento do Estado e ceder uma das vagas majoritárias do senado, esta disputada internamente por ele e a senadora Serys Marly.