TRE suspende fundo e reprova contas do PT

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) reprovou as contas do Partido dos Trabalhadores referente às eleições de 2004 e suspendeu por três meses o recebimento da cota do fundo partidário, que hoje gira em torno de R$ 8 mil. Em 2004, então presidente do diretório, Alexandre César, disputou a prefeitura de Cuiabá com o atual prefeito, Wilson Santos (PSDB). Alexandre responde a um processo na Justiça Eleitoral por uso de "caixa 2" durante a campanha.

O relator do processo, Sebastião de Arruda Almeida, apontou diversas irregularidades na prestação de contas do PT, entre elas a emissão de notas fiscais sem indicação do número e da data. Diante do número de irregularidades, o relator pediu que os documentos sejam encaminhados ao Ministério Público Federal para investigação. "Em face das irregularidades apontadas, impõe-se a desaprovação das contas, com conseqüente suspensão das cotas do Fundo Partidário", afirmou o relator.

Outro lado - O hoje deputado estadual Alexandre César, que ocupa vaga de Ságuas Moraes, disse que vai recorrer da decisão. "Em casos similares, ou as contas foram aprovadas com ressalvas ou a suspensão foi em período menor, de um mês".

Ele explicou que, na época, atendeu a orientação do diretório nacional do PT, que disse para concentrar todas as dívidas da campanha no diretório estadual e se comprometeu a enviar recursos para quitar os débitos. Os recursos nunca chegaram. "Não se trata de caixa 2, mas de dívidas que não puderam ser quitadas naquela época", disse.

Ele afirmou ainda que a questão nada tem a ver com gasto irregular de fundo partidário, como faz crer a decisão do TRE, e que o problema "foi apenas de ordem formal".