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Segunda - 01 de Fevereiro de 2010 às 17:38
Por: Rafael Costa

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Um dos 40 réus no processo do Mensalão que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Pedro Henry (PP) não acredita que sua suposta participação no esquema de corrupção possa ser explorada pelos adversários, a ponto de prejudicá-lo na campanha eleitoral. Ele é candidato à reeleição.

De acordo com a denúncia, feita pela Procuradoria Geral da República e acatada por unanimidade pela Suprema Corte, parlamentares recebiam "mesadas" para votar a favor dos projetos de interesse da Presidência da República, sob o comando do PT. Henry responde pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

"Isso já foi explorador anteriormente. Não tenho medo disso porque sempre encarei essas acusações. Em momento algum, fugi por medo ou outro motivo. Ao final deste processo, ficará comprovado que não tenho participação alguma nisso", afirmou Henry, em entrevista ao Mídianews, nesta segunda-feira (1).

Apesar da denúncia formalmente feita ao STF, o parlamentar conseguiu ser absolvido pelo plenário da Câmara dos Deputados.

Henry estava presente no Palácio Paiaguás hoje, prestigiando a solenidade de assinatura de um convênio do Governo do Estado com prefeitos. A parceria vai resultar na entrega de maquinários aos 141 municípios.

Sanguessugas

O parlamentar do PP ainda convive com a acusação de participação na Máfia das Sanguessugas, esquema desmontado em 2006 e que, segundo a Polícia Federal, que desviava dinheiro público por meio de fraudes em licitações para compra de ambulâncias superfaturadas. No mesmo ano, ele foi eleito para o quarto mandato de deputado federal, com 73.312 votos.

"O meu mandato tem trabalho prestado. Por isso, a população me elegeu. São emendas parlamentares que beneficiam Baixada Cuiabana, região da Grande Cáceres e municípios do Nortão. Não tenho temor destas acusações", argumentou Henry.

Operação Pacenas

O parlamentar progressista também foi alvo de uma interceptação telefônica da Polícia Federal, no transcorrer da investigação da Operação Pacenas.

No diálogo gravado em março de 2008, com o então presidente do DAE de Várzea Grande, Benedito Gonçalo de Figueiredo, o "Dito Loro", Pedro Henry pede que o executivo vá até seu apartamento, num luxuoso prédio da Capital, para "receber orientações de Brasília".

O procurador da República, Mário Lúcio Avelar, chegou a afirmar, no programa policial "Cadeia Neles", da TV Recordo, no ano passado, que "um deputado federal" estava sendo investigado no suposto esquema de fraudes de licitações de contratos das obras do PAC de Cuiabá e Várzea Grande. Mas, o nome nunca foi revelado.






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