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Economia
Sábado - 30 de Janeiro de 2010 às 16:46

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A capitalização preparada pelo BB (Banco do Brasil) pode dar fôlego à instituição para emprestar até R$ 130 bilhões aos clientes. Os novos financiamentos poderão ser feitos porque o banco prepara um aumento de capital com o lançamento de ações, o que vai aumentar sua capacidade de ofertar crédito.

Além dessa oferta de papéis, esperada para o fim de fevereiro ou março, o capital do BB deve ser reforçado com a autorização do Banco Central para permitir que o dinheiro com uma emissão de títulos de dívida perpétua possa ser incorporado ao capital do banco, o que também amplia o fôlego do BB no crédito.

Na última quinta-feira (28), o banco federal anunciou que avalia ofertar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões em ações para "sustentar o crescimento futuro da instituição financeira". Pelas regras do acordo de Basileia - parâmetro que define limite para exposição e alavancagem dos bancos -, o BB pode emprestar até R$ 100 bilhões com reforço de capital de R$ 10 bilhões, já que, grosso modo, bancos podem se alavancar em cerca de 10 vezes o seu capital. Isso quer dizer que para cada R$ 1 novo em capital, o banco pode emprestar R$ 10.

Mas o BB também espera autorização do BC para que os reais obtidos pelo banco em dívidas sem prazo de validade - contraídas com a emissão de bônus perpétuos, que não têm data de vencimento - possam ser agregados ao capital do banco. O caso específico do BB diz respeito à emissão de US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 2,8 bilhões) realizada no fim do ano passado.

Se a autorização for dada, o BB poderá somar os quase R$ 3 bilhões ao capital, o que permite emprestar quase R$ 30 bilhões em novas operações. Nos corredores do BB, essa autorização é dada como certa e há expectativa de que seja anunciada nos próximos dias.

Se o BB pretende crescer no crédito em 2010 e adquirir uma seguradora e corretora e um banco no exterior, como vem sendo citado pela direção da instituição, a capitalização é mais que necessária, segundo o analista de bancos da Austin Rating, Luis Miguel Santacreu.

Para ele, o banco vai precisar de fôlego para entrar com força em segmentos importantes, como o financiamento imobiliário, e para competir com os concorrentes privados, que devem ser muito agressivos em 2010, após perder terreno para os bancos públicos em 2009.






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