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Internacional
Sábado - 30 de Janeiro de 2010 às 00:58

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O Conselho de Defesa Sul-americano (CDS) da União de Nações Sul-americanas (Unasul), que neste sábado concluiu uma reunião de vice-ministros da área na cidade equatoriana de Manta, delineou a aplicação de medidas de segurança regionais, além da ajuda do grupo ao Haiti.

No entanto, não foram divulgados detalhes sobre as decisões em relação às medidas de confiança e segurança discutidas pela Instância Executiva da CDS.

A reunião também serviu para discutir assuntos polêmicos, como a presença de tropas americanas em bases militares em solo colombiano e a denúncia de Bogotá sobre uma possível invasão do espaço aéreo colombiano, fato negado por Caracas.

O vice-ministro colombiano de Defesa, Jorge Eastman, elogiou os debates de Manta, e disse que parte do êxito da reunião é devido à clareza nas exposições sobre os diversos temas que foram tratados na reunião.

Afirmou, além disso, que "é importante que tenhamos a plena confiança e a segurança que essas bases (que poderão ser usadas por tropas americanas), são exclusivamente para luta antiterrorista e contra os narcóticos".

Daniel Machado, vice-ministro da Defesa da Venezuela, disse que, apesar da afirmação de seu colega colombiano, existe preocupação com as intenções dos EUA, sobretudo pelo chamado "Livro Blanco", do comando aéreo do país norte-americano, que foi discutido na reunião.

O programa militar mencionado no livro "representa a capacidade e a mobilidade das Forças Armadas dos Estados Unidos a partir de suas sedes até as instalações da América do Sul", segundo Machado.

Eastman se limitou a dizer que "a Colômbia não tem nenhuma posição frente a um documento público de outro Governo que não provém do Governo colombiano".

Por sua vez, a vice-ministra de Defesa equatoriana, Rosa Pérez, afirmou, ao final da reunião, que a Instância Executiva do CDS decidiu prepara um relatório sobre os debates em torno do tema, que poderia recomendar a formação de um grupo de especialistas que se aprofundem no assunto.

Além disso, assinalou que foi definido que em 30 dias vai acontecer, na capital peruana, outra reunião do CDS, com os ministros da Defesa, para buscar avanços na aprovação dos estatutos de segurança para a região.

Também não descartou que, em abril, possa ser realizada outra reunião, que poderia inclusive contar com a presença dos presidentes dos doze países.

O vice-ministro da Defesa do Brasil, Antonio Marques, destacou a resolução sobre o Haiti, que compromete os esforços da Unasul para prestar socorro humanitário à nação caribenha, que sofre as consequências do terremoto do último dia 12 de janeiro.

Marques disse que o CDS convocou os países sul-americanos para "continuarem enviando toda a ajuda possível".

A declaração do CDS sobre o Haiti também recomendou aos voluntários internacionais a manter uma "coordenação mais fluente" na ajuda que chega aos haitianos.

Os sul-americanos ressaltaram sua disposição de colaborar com a reconstrução do país caribenho, "levando em conta as necessidades e prioridades expressadas pelas autoridades do Haiti e sob sua liderança".

Por isso, o CDS convocou uma próxima reunião de especialistas em Quito para "facilitar o trabalho de apoio à reconstrução do Haiti, a médio e longo prazo, de modo que sejam reunidos os esforços dos países" da União.

Além do Brasil, a Unasul é formada por Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.






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