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Politica Brasil
Quarta - 27 de Janeiro de 2010 às 22:19

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O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), negou nesta quarta-feira, por meio de assessores, que tenha oferecido R$ 4 milhões aos deputados da base aliada na Câmara Legislativa local para arquivarem os pedidos de impeachment contra ele.

Em nota à imprensa, os advogados do governador e a Procuradoria do Distrito Federal afirmam que a denúncia é caluniosa e que vai abrir uma ação civil e penal contra os responsáveis.

A informação de que Arruda estaria oferecendo um suposto suborno aos deputados aliados contra o fim dos processos de afastamento provocou nesta quarta-feira o adiamento da eleição para a presidência da Câmara Legislativa e um embate entre governistas e oposicionistas.

O desentendimento começou no início da sessão quando Cabo Patrício (PT) iniciou a sessão levantando a suspeita, com base em informações de um blog, de que Arruda estaria oferecendo R$ 4 milhões para que os aliados enterrassem pedidos de impeachment que a Casa analisa contra ele.

O deputado Paulo Tadeu (PT) aproveitou o discurso do colega e colocou a eleição em suspeita, dizendo que Arruda também deveria ter negociado o novo ocupante da presidência.

"Estamos assistindo uma interferência clara do governador Arruda aqui nesse processo de escolha, que inclusive já tem como certo o nome do deputado Wilson Lima [PR]. Não podemos aceitar a articulação que o governador do DF está fazendo ou fez para impor o seu presidente nesta casa", disse o petista Paulo Tadeu.

O deputado Geraldo Naves (DEM) saiu em defesa do governador e disse que Cabo Patrício demonstrou mais uma vez que age de forma precipitada no comando dos trabalhos.

O petista se irritou e disse que age de acordo com o regimento, e, portanto, marcaria a eleição para dentro do prazo limite de sete dias. Estamos agindo dentro do regimento da Casa e da Lei Orgânica do Distrito Federal [...] Está encerrada a sessão e eu convoco a eleição para o dia 2 de fevereiro. É uma decisão de foro intimo", disse.

Os governistas convocaram uma reunião de emergência e prometem reverter o cancelamento. "A sessão não está encerrada. Não está encerrada e eu falo como líder", disse o deputado Batista das Cooperativas (PRP).

O adiamento surpreendeu os governistas, que já tinham entrado em consenso para eleger o deputado Wilson Lima (PR) como o substituto do deputado Leonardo Prudente (sem partido), que foi flagrado colocando R$ 50 mil de suposta propina no terno e nas meias.

Prudente estava afastado pela Justiça do cargo e renunciou na segunda-feira, sem apresentar justificativas. Prudente foi pressionado pelos governistas a entregar a presidência para evitar que o controle das investigações ficasse nas mãos de Cabo Patrício.






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