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Politica Brasil
Quarta - 20 de Janeiro de 2010 às 20:41

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Um dia depois de a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT ao Planalto, declarar que o PSDB quer o fim do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse nesta quarta-feira, em Vinhedo (79 km de SP), que não vai entrar em "bate-boca pré-eleitoral".

"Estou concentrado de maneira intensa no meu trabalho aqui em São Paulo. Não é fácil escapar do bate-boca eleitoral, mas não entrarei neste bate-boca pré-eleitoral", disse o governador tucano em discurso, sem citar nomes.

Serra anunciou em Vinhedo a destinação de R$ 12,1 milhões para o projeto Quero Vida --destinado a idosos. O governador também oficializou parceria entre o Estado e o Senac na preparação de jovens para o mercado de trabalho.

Após o discurso, ao ser questionado pela a imprensa sobre declaração na ministra Dilma sobre o PAC, Serra repetiu que não vai "entrar em bate-boca dessa natureza".

A declaração da ministra foi feita anteontem ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a inauguração de uma barragem em Minas Gerais, obra que fazia parte do PAC. Em seu discurso, Dilma se referiu a uma entrevista recente do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, na qual ele criticou o PAC. Em resposta, o PSDB acusou a ministra de usar a "retórica do medo e da mentira".

Ao falar sobre o investimento do governo do Estado no ensino técnico, Serra disse que o desemprego entre jovens "é um grande desafio" a ser vencido no país e citou estatísticas.
"O desemprego entre jovens com idade entre 16 e 20 anos, em termos percentuais, triplicou entre 1987 e 2007, passando de 7% para 20%", disse.

"Estamos fazendo uma expansão que nunca houve no ensino técnico em São Paulo", disse Serra. "Fizemos, como diriam outros políticos que sabem fazer mais marketing, tantas Fatecs [faculdades de ensino técnico] quanto as que foram feitas em toda a história de São Paulo."

Terrorismo eleitoral

Nesta quarta-feira, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), disse em nota que o PT é "doutor em terrorismo eleitoral". Guerra afirma que o PAC, uma das principais plataformas de Dilma Rousseff, tem obras que "não passam de pedras fundamentais para servir de palanque eleitoral".

"O Brasil precisa de investimentos em infraestrutura desenvolvidos de acordo com a lei, como os que o Congresso Nacional aprovou ao votar o Orçamento da União. Com cronogramas responsáveis e não apenas mera ficção. Não vamos dar respaldo a obras irregulares, com graves problemas apontados pelo TCU e CGU ", escreveu Guerra.

Mais cedo, o presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), também por meio de nota, disse que o PSDB demonstra que está "descontrolado para a legítima disputa de projetos" que ocorrerá em 2010, ano eleitoral, e que o partido perde a oportunidade de ficar calado.

"Torcemos para que o PSDB se encontre e produza um programa de governo, para que possamos ter um debate de alto nível neste ano eleitoral. O PT e seus aliados tem o que mostrar e propor aos brasileiros. Esperamos que a oposição não se esconda, nem se acovarde de defender a herança de FHC, da privatização, desemprego e paralisia nacional", disse o petista.






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