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Internacional
Segunda - 18 de Janeiro de 2010 às 20:45

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O governo brasileiro reservou US$ 19,79 milhões (cerca de R$ 35 milhões) para ajudar na reconstrução do Haiti que foi devastado no último dia 12 por um terremoto de magnitude 7. Inicialmente, o Brasil anunciou que liberaria US$ 15 milhões para serem investidos, por exemplo, em ações humanitárias.

Segundo o governo, US$ 5 milhões foram depositados nas contas do Ministério de Relações Exteriores e repassados automaticamente a um fundo coordenador pela ONU (Organização das Nações Unidas). De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, uma medida provisória deve ser editada nos próximos dias autorizando o repasse total dos recursos para o Itamaraty.

A ideia do governo é liberar os recursos gradualmente, de acordo com a demanda e com a avaliação mais real da situação no Haiti.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, o Ministério do Planejamento justificou que o governo tem pressa em liberar a verba para minimizar os desdobramentos do terremoto para a população haitiana. "A implementação de projetos humanitários visa evitar o agravamento da situação de fome e das condições sanitárias, bem como o aumento do número de mortes", diz o documento.

Tropas

Hoje, o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, disse que o Brasil tem disposição para ampliar o efetivo brasileiro membro da missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti, a Minustah. Antes do tremor, a Minustah tinha cerca de 7.000 militares, dos quais 1.266 eram brasileiros.

Destes brasileiros da Minustah, ao menos 16 morreram no terremoto. Ainda há dois militares desaparecidos sobre os quais o Exército não divulgou novidades. O terremoto matou também a brasileira Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e o chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, defendeu, em reunião do Conselho de Segurança realizada a portas fechadas, um aumento no número de militares em missão de paz no Haiti.

Tragédia

O terremoto aconteceu às 16h53 do último dia 12 e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país, que ficou virtualmente devastada. O Palácio Nacional e a maioria dos prédios oficiais desabaram. O mesmo aconteceu na sede da missão de paz da ONU no país, a Minustah, liderada militarmente pelo Brasil.

Ainda não há um dado preciso do total de mortos. A Organização Pan-Americana de Saúde, ligada à ONU, afirma que podem ter morrido cerca de 100 mil pessoas. Já a Cruz Vermelha estima o número de mortos entre 45 mil e 50 mil. O governo do Haiti já chegou a estimar em 200 mil o número de mortos. Cerca de 70 mil corpos já foram enterrados em valas comuns desde o terremoto, disse neste domingo o secretário de Alfabetização local, Carol Joseph.






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