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Internacional
Domingo - 17 de Janeiro de 2010 às 23:36

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Cerca de 70.000 corpos já foram enterrados em valas comuns no Haiti após o terremoto que devastou o país na última terça-feira, disse neste domingo o secretário de Alfabetização local, Carol Joseph.

O último informe oficial sobre os corpos enterrados após o terremoto foi dado ontem pelo primeiro-ministro do país caribenho, Jean-Max Bellerive. Na ocasião, ele calculou em 25 mil os que já haviam sido enterrados.

O secretário disse ainda que o governo decretou estado de emergência até o final de janeiro e luto oficial por 30 dias. Com isso, as bandeiras nos edifícios oficiais ficarão a meio mastro até 17 de fevereiro.

Apesar de ser cada vez menor as chances de encontrar sobreviventes entre os escombros, hoje mais pessoas foram resgatadas pelas equipes de emergência, incluindo um soldado dinamarquês da Minustah (forças de paz da ONU no Haiti).

Três haitianos foram resgatados dos escombros de um supermercado de Porto Príncipe chamado Caribbean Market. Os sobreviventes, com ferimentos relativamente leves, são uma menina de sete anos, um homem de 34 e uma mulher de 50.

Já o "capacete azul" dinamarquês estava entre os escombros da sede da Minustah em Porto Príncipe --o mesmo local onde morreram as duas principais autoridades da ONU no país caribenho, o tunisiano Hedi Annabi e o brasileiro Luiz Carlos da Costa.

Tragédia

O terremoto aconteceu às 16h53 desta terça-feira (19h53 no horário de Brasília) e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país.

Ainda não há um dado preciso sobre o número de mortos. A Organização Pan-americana de Saúde, ligada à ONU, diz que pode ter morrido cerca de 100 mil pessoas. Já o Cruz Vermelha estima o número de mortos entre 45 mil e 50 mil. Nesta sexta-feira, governo do Haiti afirmou estimar em 140 mil o total de vítimas.

15 militares brasileiros morreram no terremoto e, segundo o ministro Nelson Jobim (Defesa), mais três civis: a médica Zilda Arns, o chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa, e um terceiro que não foi identificado.

Mais 16 militares brasileiros ficaram feridos no terremoto. Eles chegaram ao Brasil nesta sexta-feira, e desde então estão internados no Hospital Geral do Exército, em São Paulo, para um período de quarentena.






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