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Internacional
Domingo - 17 de Janeiro de 2010 às 21:57

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Juan Barreto/AFP
Porto Príncipe virou terra arrasada após o forte tremor; muitas pessoas ainda continuam debaixo dos escombros
Porto Príncipe virou terra arrasada após o forte tremor; muitas pessoas ainda continuam debaixo dos escombros

O Brasil é o país estrangeiro com maior número de vítimas no terremoto que devastou o Haiti na última terça-feira (12). As autoridades já confirmaram a morte de 17 brasileiros, a maioria militares. Os Estados Unidos têm 16 cidadãos mortos na tragédia.

Entre os haitianos não há números consolidados, mas neste domingo (17) o comandante das forças humanitárias americanas,  tenente-general Ken Keen, disse que o número de mortos pode superar 200 mil.

Segundo um levantamento da agência France Presse, com o cruzamento de dados de diversas fontes, cidadãos de pelo menos 25 países morreram durante o tremor.

Entre os estrangeiros, o Brasil é o país com maior número de vítimas confirmadas, 17. Os EUA confirmaram a morte de 16 americanos.

A França confirmou que 12 cidadãos perderam a vida até o momento. O Ministério das Relações Exteriores do Canadá confirmou a morte de oito de seus cidadãos.

Os outros países que reconheceram mortos ou desaparecidos no terremoto do Haiti são Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Chile, Burkina Faso, China, Espanha, , Filipinas, Itália, Jordânia, Mauritânia, México, Holanda, Nova Zelândia, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, Senegal, Síria, Tailândia e Tunísia.

Militares são maioria das vítimas brasileiras

O Comando do Exército confirmou neste domingo a morte do 17º brasileiro no Haiti. O Major Francisco Adolfo Vianna Martins Filhos estava desaparecido desde a última terça-feira.
 
Martins Filho trabalhava no Estado Maior do Exército, no Departamento-Geral do Pessoal, em Brasília. Ele estava no país caribenho na condição de Observador Militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, a Minustah, comandada pelo Brasil.
 
Até agora, as autoridades confirmaram a morte de 15 militares, da médica sanitarista Zilda Arns e do diplomata Luiz Carlos da Costa, chefe-adjunto civil da Minustah, sendo o segundo homem da ONU no país.

País vive tragédia sem fim

O tremor de 7 graus de intensidade que atingiu o Haiti deixou um cenário de devastação no país mais pobre das Américas. Segundo a ONU, metade dos edifícios de Porto Príncipe desabaram e a devastação é ainda maior em algumas áreas da capital.

Dias após a tragédia, milhares de corpos ainda se acumulam nas ruas, apodrecendo e fazendo crescer o temor de doenças. Autoridades do Haiti disseram que mais de 25 mil já foram enterrados, a maioria em valas comuns, sem identificação.

A falta de comida e água faz crescer o desespero entre os desabrigados. O país já registra surtos de violência. Tiros são ouvidos nas ruas e gangues voltam a controlar partes da cidade.

A reação internacional tem sido grande. As oito maiores doações já representam 40% dos US$ 562 milhões (R$ 996,4 milhões) que a ONU pediu para os primeiros socorros. Na próxima sexta-feira (25), uma cúpula com os países doadores será realizada no Canadá para discutir a coordenação da ajuda e a reconstrução do país.






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