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Internacional
Sexta - 15 de Janeiro de 2010 às 23:08

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O governo do Haiti afirmou hoje estimar em 140 mil o total de pessoas mortas no terremoto que atingiu o país na terça-feira (12) e deixou a capital Porto Príncipe virtualmente arrasada. Entre estes mortos, 40 mil já teriam sido enterrados, ainda segundo as autoridades haitianas. O secretário de Estado para Segurança Pública, Aramick Louis, disse à agência de notícias Reuters que grupos armados estão tomando as ruas e que o governo teme um aumento da violência nos próximos dias, em decorrência da crescente escassez de água e de alimentos.

As estimativas de vítimas do terremoto de terça-feira ainda são muito incertas. A Organização Pan-Americana de Saúde, ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), disse nesta sexta-feira que o terremoto pode ter matado entre 50 mil e 100 mil pessoas. Ontem, a Cruz Vermelha no Haiti havia estimado o total "entre 45 mil e 50 mil", e o presidente, René Préval, havia confirmado o encontro e enterro de 7.000 corpos.

O ministro de Interior, Paul Antoine Bien-Aime, disse, também à Reuters, esperar que o número alcance 200 mil. "Já coletamos cerca de 50 mil corpos e esperamos que haverá entre 100 mil e 200 mil, no total, embora ainda não saibamos o número exato."

O terremoto, que alcançou magnitude 7, segundo medição do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), devastou muitos prédios da capital Porto Príncipe --incluindo o Palácio Presidencial e a casa do presidente, René Préval. Clique para ver imagens de Porto Príncipe antes e depois do tremor.

Entre os brasileiros, o Comando do Exército confirma a morte de 14 militares da Minustah, a missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti, da qual fazem parte 1.266 militares brasileiros. Outros quatro estão desaparecidos sob escombros do Hotel Cristopher, a base da ONU em Porto Príncipe, que ficou destruído. Mais quatro militares brasileiros estão desaparecidos, conforme informações oficiais, além do representante especial adjunto da ONU no Haiti, o brasileiro Luiz Carlos da Costa, que estaria soterrado e cuja morte foi dada como certa pelo ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim.

Os corpos dos militares brasileiros deverão chegar ao Brasil neste domingo (17). A demora ocorre pois é preciso, antes do embarque, submetê-los a uma necropsia para expedição de um atestado de óbito. Depois, os corpos ainda devem ser preparados e colocados em urnas lacradas. "Estamos tentando acelerar este processo. [...] Já é um processo demorado e fica ainda mais na situação em que está o Haiti", disse o general brasileiro Eduardo Wizniewsky, comandante da 2ª região militar.

A lista de vítimas brasileiras inclui também a médica pediatra e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns. Ela estava em Porto Príncipe para uma missão humanitária e faria uma palestra nesta quarta-feira (13). Segundo Rubens Arns Neumann, um dos filhos de Zilda, ela estava discursando em uma igreja no momento do terremoto.

O corpo da médica é velado no Palácio das Araucárias, sede oficial do governo do Paraná, hoje. O enterro será amanhã, no Cemitério da Água Verde, em Curitiba.






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