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Politica MT
Sábado - 09 de Janeiro de 2010 às 12:16
Por: Adriana Nascimento

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Antonio Cavalcante se sente isolado na luta contra a corrupção e pede mobilização, sob pena de
Antonio Cavalcante se sente isolado na luta contra a corrupção e pede mobilização, sob pena de "tudo piorar"
O arauto do combate à corrupção em Mato Grosso, Antonio Cavalcante Filho, o Ceará, se mostra preocupado com a omissão das entidades e instituições e com a falta de unidade da população na luta por uma "política limpa". Entende que esse silêncio contribui para manter Mato Grosso um dos Estados onde há mais políticos de todas as esferas envolvidos com escândalos de desvio de recursos públicos. À frente do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) desde 1999, Ceará conta que sente a desmotivação das pessoas em só reclamar nos bares e não nos palcos certos, como, por exemplo, na caminhada contra a corrupção ocorrida em 9 de dezembro, em Cuiabá, quando não conseguiu reunir 30 pessoas.

Ceará entende que o medo acaba calando as pessoas. Ele mesmo já sentiu na pele a intimidação política que sufoca Mato Grosso. Em 2008, uma semana após ter feito representação contra Júlio Campos, foi seguido e ameaçado na rua juntamente com a filha. Registrou ocorrência, mas nada foi feito até hoje. “Posso estar sozinho, mas me sinto como um cidadão que faz sua parte”, relata. Aponta como prova de que o povo não se integra politicamente é o fato de apenas 10% do eleitorado mato-grossense ter assinado o movimento “Ficha Limpa”. O quadro, segundo Ceará, demonstra que falta também mobilização das entidades sindicais para ajudar no envolvimento da população.

Para se ter uma ideia, das 36 entidades que assinaram participação no MCCE em 1999, só três ainda continuam, sendo elas a Subsede do Sintep de Cuiabá, onde o coordenador do Movimento trabalho, a OAB e a ONG Moral. O restante das entidades está inserida, mas não comparece aos atos propostos. Mesmo assim, a luta continua e o MCCE se orgulha de ter conseguido a cassação do primeiro deputado federal por Mato Grosso por compra de votos. Trata-se de Rogério Silva. Destaca que também levantou a questão da improbidade administrativa da vereadora e deputada Chica Nunes. Houve ainda atenção da mída nacional quando o movimento lavou a calçada do antigo prédio da Assembleia Legislativa por causa do escândalo envolvendo membros da Mesa Diretora da época, como José Riva e Humberto Bosaipo.

De acordo com Ceara, uma década depois, nada mudou. Os escândalos se sucedem e, observa, se a sociedade não tomar conta dos recursos públicos, tudo tende a piorar. Para controlar e assegurar que os políticos saibam que há alguém de olho é que Ceará encara a missão de receber e investigar denúncias sozinho. Ele prefere centralizar os indícios para que dados não vazem antes da hora. Atualmente, sem dar números, ele conta que todos os partidos, sem exceção, têm algum tipo de investigação em andamento pelo MCCE.





Fonte: RD News

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