Obama concede crédito fiscal de US$ 2,3 bi para energia limpa
A Casa Branca disse que o crédito, relacionado a verbas já previstas num pacote de estímulo fiscal de US$ 787 bilhões assinado em fevereiro de 2009 por Obama, criará 17 mil empregos nos EUA, e será complementado por US$ 5 bilhões de capital privado.
O desemprego é um dos problemas mais urgentes para o governo Obama, e o relatório mensal divulgado na sexta-feira mostrou que a taxa de dezembro permaneceu inalterada em 10%, e que as empresas cortaram inesperadamente 85 mil empregos.
A previsão é de que Obama faria o anúncio na tarde de sexta-feira na Casa Branca. "Os benefícios da Lei de Recuperação que estou anunciando hoje ajudarão a fechar a lacuna de energia limpa que cresceu entre a América e outras nações, ao mesmo tempo em que cria bons empregos, reduz nossas emissões de carbono e aumenta nossa segurança energética", deverá dizer Obama segundo trechos antecipados pela Casa Branca.
A mudança climática, junto com as questões de saúde e regulamentação financeira, está entre os principais objetivos domésticos de Obama. Mas todos exigem apoio do Congresso, onde o seu Partido Democrata pode sofrer um revés nas eleições de novembro, caso o governo não consiga começar a derrubar o desemprego.
Os créditos fiscais para a energia limpa foram concedidos a 183 projetos no país, relacionados a energia solar e eólica ou melhorias na eficiência energética. "Construir um setor de energia limpa robusto é como iremos criar os empregos do futuro", diria Obama.
A Casa Branca diz que o pacote de estímulo fiscal, oficialmente chamado Lei da Recuperação, ajudou a evitar que a atual recessão, a pior em 70 anos, fosse ainda pior. No mês passado, Obama realizou uma cúpula de empregos e se reuniu com banqueiros para promover o emprego a pequenas empresas, na esperança de que isso gere a contração de funcionários.
Além disso, a Câmara dos Deputados aprovou um pacote adicional de US$ 155 bilhões para estimular contratações, mas o Senado ainda tem de preparar a sua versão, o que só deve ocorrer depois da votação do projeto de reforma da saúde.
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