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Quinta - 07 de Janeiro de 2010 às 00:52
Por: Renê Dióz

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Cuiabá, que teve mais casos de MT, divulgou 27 bairros com maior infestação; estão na iminência de surto
Cuiabá, que teve mais casos de MT, divulgou 27 bairros com maior infestação; estão na iminência de surto
A fatalidade da epidemia de dengue em Mato Grosso no ano passado foi 550% maior que em 2008, segundo os dados parciais do período em Mato Grosso. Divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), um balanço parcial aponta que o ano passado teve 52 mortes por dengue confirmadas. Trata-se de um salto no número de óbitos, na comparação com as confirmações de 2008, que foram apenas oito em todo o Estado. Trata-se também de mais um dado a fazer crer que, nas estatísticas históricas da dengue, 2009 será o pico dos últimos cinco anos.

Esta é uma das previsões a respeito da avaliação final do ano, a ser divulgada pela SES na semana que vem, quando os números do Estado deverão estar fechados e serão apresentados os números da primeira semana de janeiro deste ano. O prognóstico se sustenta no fato de que, segundo a SES, a contaminação da dengue estava caindo nos anos anteriores a 2009, que estava sendo previsto como mais um período de queda nos registros da epidemia.

Entretanto, o clima no Estado surpreendeu com constantes chuvas e houve aqui a reintrodução do sorotipo 2 da doença, o mais fatal, que não circulava há anos. Daí a noção de que o comportamento da epidemia foi assustadoramente anormal no ano que passou, com notificações em todos os meses.

Nos números totais de notificações, o balanço parcial também aponta uma enorme disparidade entre o que se registrou em 2009 e o que foi totalizado de casos da epidemia no ano anterior; há um abismo entre os atuais 57.282 casos e os 11.641 de 2008. Abismo maior há entre o número de casos graves, que foram 1.499 em 2009. No ano anterior, foram apenas 28 registrados. Entretanto, a SES informa que os números podem mudar até o dia 15, que é o prazo dado às prefeituras para envio dos dados fechados da epidemia em cada uma das 141 cidades do Estado.

A capital Cuiabá fechou o ano como o ponto mais atacado pela epidemia no Estado. É aqui que se concentra a maior parte das mortes confirmadas (13). Também foi na Capital que se concentraram grandes porções dos totais de notificações no Estado (13.602) e de casos graves (331).

CUIABÁ - Na Capital, não só números oriundos do governo do Estado apontam a gravidade da epidemia. No início da semana, a própria Saúde municipal apresentou uma lista dos dez piores bairros de cada uma das regiões da cidade – norte, sul, leste e oeste – de acordo com o índice de infestação larval (LI).

No levantamento, todos os bairros dos distritos sul e leste da Capital apresentaram números que sugerem para o risco de surto da epidemia de dengue. Isso porque todos eles tinham números de LIs superiores a 3,9% - quando o LI se encontra acima deste patamar, o Ministério da Saúde considera a existência do risco de surto. O bairro com LI mais alto é o Jardim Umuarama, do distrito norte, com 10,8%. Ele não está muito longe do segundo mais infestado, que é o bairro nobre Shangri-lá, do setor leste, com LI igual a 10,2%, segundos os últimos cálculos do município.





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