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Politica Brasil
Segunda - 04 de Janeiro de 2010 às 08:04
Por: Clarissa Oliveira

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Enquanto aguarda o início de uma agenda mais intensa da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em São Paulo, o PT vai centrar fogo na promoção de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em um esforço para fazer frente à força do governador José Serra (PSDB), provável candidato tucano ao Palácio do Planalto, petistas fizeram as contas e passarão as próximas semanas declarando exaustivamente que investimentos do PAC no Estado deverão totalizar R$ 120,1 bilhões em 2010.

A conta, que inclui a contrapartida de Estados e municípios, servirá para preparar o terreno para visitas cada vez mais frequentes de Dilma a São Paulo, que devem ter início já nos próximos meses. Logo antes das festas de fim de ano, o PT se uniu a setores do Palácio do Planalto e começou a discutir internamente os detalhes para a construção de uma agenda para a pré-candidata petista em solo paulista.

O empenho da legenda em se fortalecer no maior colégio eleitoral do país também resultou na criação de uma força-tarefa de ministros, montada com o objetivo de ajudar na promoção de obras federais em São Paulo. O grupo é integrado por diversos auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre eles Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Fernando Haddad (Educação), Márcio Fortes (Cidades), Guido Mantega (Fazenda) e Miguel Jorge (Desenvolvimento).

Governado pelo PSDB desde 1995, o Estado de São Paulo reúne 29 milhões de eleitores. Ciente de que até mesmo o presidente Lula tem dificuldade para vencer uma eleição no Estado, o PT decidiu eleger a região um dos centros de sua estratégia para corrida presidencial de 2010.

Nas últimas semanas, o partido vem demonstrando preocupação, por exemplo, com a estratégia publicitária do governo paulista. O temor maior é de que Serra consiga capitalizar sozinho os dividendos eleitorais de obras que contam com uma fatia de recursos federais, como é o caso do Rodoanel, uma das prováveis bandeiras de campanha do PSDB nas eleições deste ano.

"É claro que o PT vai intensificar a disputa de projetos em São Paulo", afirma o presidente estadual da legenda, Edinho Silva. "Até porque é o papel do partido mostrar que existem obras de infraestrutura em São Paulo que contam com recursos federais", emenda o dirigente.

Com palanques desarticulados nos principais colégios eleitorais do país, PSDB e PT dedicam o começo do ano para desembaraçar os nós nos Estados onde ainda não têm estrutura eleitoral definida para dar suporte a seus candidatos à Presidência da República em 2010. O objetivo é criar vitrines regionais robustas para a campanha e, para isso, os dois partidos adversários pretendem fechar a costura política até março.

Os tucanos se preocupam com três Estados nos quais não há candidato definido até agora - Rio de Janeiro, Ceará e Amazonas. Do lado petista, o imbróglio maior está em São Paulo e em Minas Gerais, primeiro e segundo maiores colégios eleitorais do País, respectivamente. Há ainda indefinição no Rio, Paraná, Pará e Maranhão.

Na segunda quinzena de janeiro, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e o secretário-geral do partido, Rodrigo de Castro (MG), começam a viajar pelo País. O medo é repetir 2006, quando o então candidato a presidente, Geraldo Alckmin, ficou praticamente sem campanha nos Estados. À época, o receio de perder votos fez com que candidatos a governador evitassem fazer oposição à reeleição de Lula. "É melhor um palanque menor, mas que seja fiel ao nosso candidato a presidente. Dessa vez, não vamos admitir os erros de 2006", declarou Rodrigo de Castro. "Na campanha passada, tivemos palanque demais e campanha de menos", disse Guerra.


 





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