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Internacional
Sábado - 02 de Janeiro de 2010 às 18:29

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Os sequestros dos cargueiros "Asian Glory" e "Pramoni" na sexta-feira elevaram para cerca de 300 o número de pessoas mantidas como reféns por piratas somalis. Nos últimos dois anos, esses piratas atacaram mais de 80 navios e "guardam" uma frota de 14 atualmente, pelo último balanço das autoridades.

Os ataques continuam apesar do aumento da vigilância internacional nas águas da Somália, país que enfrenta grave crise política sem um governo efetivo para combater os movimentos insurgentes. Os resgates, em geral, envolvem quantias na casa dos milhões de dólares. No início de dezembro, piratas somalis teriam recebido cerca de US$ 2,8 milhões para liberar um navio de bandeira maltesa, com 24 tripulantes e uma carga de soja.

Também há relatos de violência contra reféns. Em novembro, um casal de britânicos foi obrigado a gravar um vídeo em que afirmaram ter sido ameaçados de morte caso o resgate de US$ 7 milhões não fosse pago. No mesmo mês, o capitão do Alakrana, Ricardo Blanch, afirmou que membros de sua tripulação foram maltratados durante o cativeiro, que durou 47 dias.

"Asian Glory"

Na sexta-feira à noite, o navio de carga britânico "Asian Glory", com uma tripulação de 15 marinheiros a bordo, foi atacada a cerca de 1.000 quilômetros da costa somali, no quarto episódio deste tipo somente nesta semana. No mesmo dia, algumas horas antes, o "Pramoni", com bandeira de Cingapura e 24 marinheiros a bordo, também foi sequestrado, enquanto percorria o Golfo de Aden, uma das rotas marítimas mais trafegadas e vigiadas do planeta.

O comandante John Harbour, porta-voz da força tarefa da União Europeia encarregada de combater a pirataria somali, afirmou que os sequestradores do "Asian Glory" ainda não fizeram contato. "O procedimento padrão dos piratas é levar o navio para seu esconderijo e então contatar o proprietário. Eu realmente não sei aonde o navio aportou", disse ele à agência Associated Press.

Trata-se do segundo navio dos proprietários do "Asian Glory", a "Zodiac Shipping", capturado nesta semana. Na segunda-feira, piratas atacaram o "St. James Park", com uma tripulação de 26 marinheiros. A companhia afirmou que também não foi contatada pelos sequestradores nesse caso.






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