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Politica Brasil
Terça - 29 de Dezembro de 2009 às 14:34
Por: Flávia Borges

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A disputa pela cadeira do desembargador Donato Fortunato Ojeda, que se aposenta compulsoriamente em abril, está acirrada entre os juízes João Ferreira Filho, da 20ª Vara Cível de Cuiabá, Dirceu dos Santos, titular do 7º Juizado Especial Cível da Capital, e Sebastião Barbosa Farias, do 4º Juizado Especial Cível de Cuiabá. O juiz Rondon Bassil Dower Filho corre por fora na tentativa de se tornar o próximo desembargador do Tribunal de Justiça. A vaga será preenchida pelo critério de merecimento.

O desembargador Orlando de Almeida Perri, que é ex-corregedor-geral de Justiça na gestão Paulo Lessa e cotado para ser o próximo presidente do Judiciário, articula para Sebastião ser escolhido à promoção. Nas articulações, ele tenta impor o "afilhado", o que tem causado racha no chamado "grupão", composto por magistrados aliados de Lessa e que fazem oposição sistemática ao atual presidente, desembargador Mariano Travassos. Esse tipo de queda-de-braço acaba criando clima tenso entre os magistrados.

O desembargador Carlos Alberto da Rocha, tido como um dos nomes mais respeitados entre os colegas magistrados e um dos porta-vozes do grupo de Lessa, já teria inclusive mandado um recado a Perri: ou ele muda de ideia quanto à propaganda que tem feito a favor de Sebastião e passa a apoiar o nome de Dirceu dos Santos na briga pela cadeira de Ojeda, ou pode esquecer os planos de se tornar o próximo presidente do Tribunal de Justiça. Perri, que até agora conta com o apoio do “grupão”, se movimenta para ser o sucessor de Travassos, na eleição que acontece em dezembro de 2010. Ele é o mais cotado, considerando a existência de um "acordo de cavalheiros" para que o desembargador com mais tempo no Pleno e que ainda não tenha comandado o Judiciário seja escolhido para presidente. Mesmo assim, não trata-se de uma regra. Exemplo disso foi o que aconteceu com o próprio Travassos, que concorreu com o ex-vice-presidente Paulo Cunha, mais antigo no TJ, e venceu a disputa.

Perri x Alberto

Sem saber quem tem mais força entre Perri e Carlos Alberto, alguns desembargadores ainda ficam em “cima do muro” e preferem não tomar partido. O clima de rivalidade e polarização de grupos é evidente nos corredores do TJ. A união do grupo seria a garantia de que Perri vai se tornar presidente. Com o bloco rachado, no entanto, abre-se brecha para a escolha de Rubens de Oliveira, magistrado eleito pelo quinto constitucional da OAB e que conta com o apoio do grupo do atual gestor.

Travassos se mostra aliado do ex-presidente José Ferreira Leite. Os dois são investigados, junto com outros oito magistrados, por suposto desvio de recursos. O processo corre em segredo de Justiça e não tem sequer previsão para ser julgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O chamado “grupão” contaria hoje com a participação de Paulo Lessa, Rui Ramos Ribeiro, Guiomar Teodoro Borges, Márcio Vidal, Clarice Claudino, Evandro Stábile, Jurandir Florêncio de Castilho, Orlando Perri, Donato Fortunato Ojeda, Sebastião Filho, Gerson Paes, Carlos Alberto da Rocha, Juvenal Pereira da Silva e Maria Helena Povoas, e se mostra cada vez mais forte para decidir os caminhos do TJ. Na última eleição para promoção de juiz pelo critério de merecimento, 14 desembargadores desse grupão fecharam nos nomes de Alberto Ferreira, Dirceu dos Santos e Sebastião Barbosa. Na “briga”, Alberto saiu vencedor.





Fonte: RD News

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