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Internacional
Sábado - 26 de Dezembro de 2009 às 20:37

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Facões e machados foram utilizados no ataque que deixou pelo menos 14 brasileiros feridos no Suriname durante a noite de Natal. Além disso, os surinameses estupraram mulheres no incidente, ocorrido em Albina, que fica a 150 quilômetros da capital Paramaribo.

De acordo com a BBC Brasil, além dos brasileiros, chineses que vivem no local também foram atacados. A polícia surinamesa divulgou que quatro pessoas ligadas ao episódio foram presas e deverão ser interrogadas neste final de semana.

O incidente foi motivado por um crime supostamente cometido por um brasileiro, gerando uma reação dos 'marrons' --como são chamados os descendentes quilombolas no país, segundo o embaixador brasileiro no Suriname, José Luiz Machado e Costa.

'Esses marrons dominam aquela região. O assassinato de um deles desencadeou uma reação muito forte e indiscriminada contra os brasileiros que estavam lá. Houve muita agressão, houve muitos feridos', disse. 'Na cidade vivem cerca de 2.000 brasileiros.'

Albina, que possui cerca de 10 mil habitantes, tem um grande contingente de brasileiros que vão trabalhar com garimpo no outro lado da fronteira --o que é proibido pelas leis daquele território, que ainda pertence aos franceses.

Além de atacar os brasileiros, o grupo invadiu um shopping center e outras lojas da cidade. Os moradores locais chegaram a incendiar algumas lojas e bombeiros de Saint Laurent du Maroni, na Guiana Francesa, ajudaram a extinguir as chamas.

Ainda de acordo com a BBC Brasil, 20 brasileiras, incluindo uma mulher grávida, teriam sido estupradas durante o incidente. Segundo o embaixador, uma gestante atacada perdeu o filho e está em estado grave.

Os brasileiros atacados foram transferidos pelo governo do Suriname para a capital Paramaribo --exceto a mulher que estava grávida, que foi transferida para um hospital na Guiana Francesa. Ainda não há uma lista de nomes deste grupo porque, segundo o embaixador, muitos deles não possuem documentos.

Segundo Costa, "a chancelaria brasileira e o Ministério de Defesa analisam a possibilidade de enviar um avião da Força Aérea com roupas e medicamentos para o local, mas o envio depende das autoridades do Suriname.

"Chacina"

Costa disse ainda que dificilmente os brasileiros voltarão para Albina após o ataque. 'Não acredito que queiram voltar. Eles estão falando em chacina, em assassinato em massa, eles estão muito assustados', relatou o embaixador.

Segundo ele, os brasileiros que moram em Albina sequer trabalham no país. Eles costumam garimpar na Guiana Francesa, onde a atividade é proibida pelo governo francês. 'Eles ficam esperando a vigilância baixar a guarda e vão para lá, e só ficam acampados na beira do rio em Albina', explicou.

com France Presse





Fonte: Folha Online

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