Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Policia MT
Quarta - 17 de Julho de 2013 às 15:42

    Imprimir


A investigadora da Polícia Civil, Gláucia Cristina Moura Alt, conseguiu a liberdade nesta terça-feira (16) após ficar 20 dias presa por suspeita de dar proteção a uma quadrilha de tráfico de drogas, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. A decisão é do juiz Otávio Vinicius Affi Peixoto, substituto da 2ª Vara Criminal de Várzea Grande, ao atender pedido de revogação da prisão protocolado pela defesa da policial civil, que é mulher do delegado da Polícia Civil, João Bosco Ribeiro Barros, também suspeito de envolvimento no esquema.

Gláucia e João Bosco foram presos no dia 27 do mês passado durante a Operação "Abadom", da Polícia Civil. Durante as investigações, de acordo com a delegada Alana Cardoso, da Delegacia Especializada de Repressão ao Entorpecente (DRE), que comandou a operação, foi descoberto que o casal supostamente recebia vantagem indevida mediante extorsão para acobertar os traficantes e evitar que fossem presos, assim como liberá-los caso fossem detidos.

Os suspeitos devem permanecer afastados das funções até a conclusão do inquérito sobre o caso, a pedido da própria defesa. "No mesmo pedido de revogação, pedimos ao juiz que eles permanecessem afastados até o término das investigações", disse o advogado do casal, Paulo Taques. Ele afirmou ainda que o pedido foi aceito porque a cliente preenche todos os requisitos exigidos para responder as acusações em liberdade. "Ela é ré primária, possui residência e emprego fixos, além de ter bons antecedentes criminais", argumentou. Taques alegou ainda que não há nada que comprove a ligação do delegado e da investigadora com os traficantes.

João Bosco, porém, foi solto no dia 2 deste mês, há menos de uma semana da detenção. Ele atuava na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) . Eles ficaram detidosno Anexo da Penitenciária Central do Estado (PCE), para onde vão presos com curso superior.

As investigações apontaram que houve suposta extorsão dos agentes para com os traficantes, em março e maio deste ano. Era feita uma negociação para a liberação dos traficantes e a quantia recebida era dividida entre outros envolvidas, que ainda não haviam sido identificados. Ao todo, oito mandados de prisão foram cumpridos na operação, sendo que quatro acusados já estavam presos. Outras pessoas ainda estão sendo investigadas. Conforme a Polícia Civil, o inquérito ainda continua em andamento.

As investigações começaram em dezembro de 2012. João Bosco e Gláucia foram presos preventivamente por corrupção passiva e associação ao tráfico, conforme a Polícia Civil. De acordo com a legislação penal, o crime consiste na exigência para si ou terceiro dinheiro ou vantagem em razão da função, direta ou indiretamente. A pena prevista é de dois a oito anos de prisão, além de multa.

A Corregedoria da Polícia Civil também deve apurar em uma sindicância administrativa a conduta do delegado e da investigadora ao final do inquérito policial.





Fonte: Do G1 MT

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/14805/visualizar/