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Internacional
Segunda - 21 de Dezembro de 2009 às 08:42

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Tempestades de neve e frio com temperaturas muito abaixo das esperadas para a época atingiram a Europa no final de semana, matando dezenas de pessoas e paralisando o transporte em vários países - inclusive o trem Eurostar, que liga França e Inglaterra, cujo serviço foi suspenso pela primeira vez desde sua inauguração, em 1994.

Na Polônia, a polícia anunciou que 29 pessoas morreram, a maioria sem-teto, encontradas congeladas depois que as temperaturas caíram abaixo dos 20 graus negativos. Alemanha, Áustria, Bélgica e França também registraram casos isolados de mortes de sem-teto. Mais de duas centenas de cidades búlgaras, incluindo parte dos subúrbios de Sofia, ficaram sem luz por uma pane causada pela queda de árvores congeladas.

Os aeroportos europeus viveram um final de semana caótico. O Charles de Gaulle, em Paris, teve 40 % dos voos cancelados e houve filas imensas nos aeroportos de Amsterdã, Bruxelas e Londres. A remoção de neve nas pistas não era veloz o suficiente para permitir os pousos e decolagens previstos.

A suspensão do serviço de trem do Eurostar, ontem, prejudicou cerca de 55 mil passageiros com bilhetes emitidos. O sistema, que atravessa o Canal da Mancha por baixo do mar, é um orgulho da engenharia europeia, permitindo o deslocamento entre Londres e Paris em cerca de 2 horas. No sábado, houve um blecaute e quatro composições permaneceram detidas dentro do túnel, com milhares de passageiros no escuro.

O CEO da empresa, Richard Brown, atribuiu os problemas técnicos ao choque térmico ocorrido na transição entre o exterior congelado e a temperatura aquecida do interior do túnel. Ontem, Brown anunciou a suspensão do serviço por tempo indeterminado "enquanto não soubermos a causa verdadeira do problema". O bloqueio da linha férrea acabou afetando o transporte de caminhões entre Inglaterra e a França.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, recebeu duras críticas no Parlamento, onde a oposição disse que o governo trata o assunto sem o devido alarme. Com o caos aéreo pelos voos suspensos nos aeroportos e o risco de estradas congeladas, a rede ferroviária era a única alternativa para o transporte na semana de Natal, período de maior movimento do ano.





Fonte: Estadão

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