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Politica Brasil
Segunda - 21 de Dezembro de 2009 às 07:03
Por: Téo Meneses

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Ao menos sete dos 19 vereadores cuiabanos admitem já trabalhar pré-candidatura a deputado estadual para a eleição de 2010. Há menos de um ano no atual cargo, eles representam 36,8% dos parlamentares da Capital.

Trabalham as pré-candidaturas o presidente da Câmara, Deucimar Silva (PP), Toninho de Souza (PDT), Levi de Andrade (PP), Lúdio Cabral (PT), Everton Pop (PP), Francisco Vuolo (PR) e Domingos Sávio (PMDB).

O atual número de vereadores pré-candidatos representa um dos maiores índices de participação dos parlamentares da Capital na corrida por uma vaga na Assembleia, que deve ter mais de 300 concorrentes em todo o Estado como ocorre tradicionalmente a cada eleição. Todo ano que antecede a disputa, no entanto, esse quadro se repete, mas a maioria desiste com a proximidade do pleito e a publicação de pesquisas de intenção de voto.

O vereador Deucimar Silva admite abertamente pré-candidatura e alega que pretende fazer no Estado o que faz na Câmara. "Tenho feito várias visitas ao interior com os nossos colegas de partido e espero ser eleito porque sou candidato sim. Queremos seguir com nossa linha de transparência que temos aqui na Casa", afirma Deucimar, que tem o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, como o principal cabo eleitoral do PP.

Lúdio Cabral trata a pré-candidatura como possibilidade porque alega não ter mais interesse pessoal em disputar a reeleição na Câmara. Vereador de segundo mandato, é cotado para pleitear até uma cadeira de deputado federal, ele pretende apoiar algum correligionário do núcleo petista na disputa pela Câmara.

O PP pode contar com participação histórica na eleição de deputado. Isso porque toda a bancada da sigla, formada por três vereadores, trabalha pré-candidatura. A cúpula da legenda já alertou os parlamentares sobre o risco de todos se lançarem no pleito. O problema é que eles vão disputar os votos da mesma base eleitoral e correm risco de todos saírem prejudicados.

A participação dos vereadores cuiabanos só não será maior porque dois pré-candidatos foram cassados: Ralf Leite (PRTB) e Lutero Ponce (PMDB), o que poderia fazer chegar a nove a participação da Câmara na eleição. Acusados de falta de decoro e improbidade administrativa, eles perderam os mandatos nesse ano e ficaram inelegíveis até 2020.

A cada eleição, pelo menos 300 candidatos disputam uma vaga de deputado em Mato Grosso, que por mês tem direito a salário de R$ 14,3 mil e R$ 30 mil mensais para contratação de servidores sem concurso. Devido à visibilidade e estrutura, o cargo de vereador é usado por muitos agentes públicos como trampolim político. Dos 24 deputados atuais, pelo menos quatro deles passaram somente pela Câmara de Cuiabá: Guilherme Maluf (PSDB), João Malheiros (PR), Sérgio Ricardo (PR) e Chica Nunes (PR).

Críticas - O grande número de candidaturas se contrapõe ao desempenho da Câmara. Palco de muitas escândalos ao longo do ano, a Casa tem muito criticada. O coordenador do grupo conhecido como Guardiões da Cidadania de Cuiabá, Edson Marim, reclama que a maioria dos vereadores dá pouca atenção às discussões no Legislativo e está mais preocupada em se manter no cargo do que defender os interesses da população.





Fonte: A Gazeta

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